15 de dez. de 2008

Música Adeste Fidelis


               

                Não se realiza uma celebração natalina ou a passagem desta data sem a presença da música Adeste Fidelis (Ó Vinde Fiéis). Traduzida para a língua portuguesa pelas mãos do Reverendo James Theodore Houston, esta música vem sendo executada desde 1881, em terras brasileiras. O texto original está em latim e já foi atribuído a São Boaventura (1221 – 1274), a um possível autor francês no século XVII ou XVIII. No texto original havia oito estrofes.
A música, também, tem sua origem confusa. No ano de 1785 o Duque de Leeds ouviu essa música na capela da Embaixada de Portugal e passou a anunciá-la como hino português. Ainda, houve rumores que tal melodia seria do Rei D. João IV (1604 – 1656) um dos maiores promotores da música de sua época.
              Existe, na Inglaterra, um manuscrito intitulado “Cantus Diversi pro Dominicis et Festis per Annum” copiado pelo padre John Francis Wade, em 1751. Este era copista profissional, que associou pela primeira vez o texto a essa melodia.
Independentemente de sua origem, a música anuncia, todos os anos, a chegada do Natal. Pode-se ouvi-la nos grandes centros comerciais, nos suntuosos teatros executada pelas orquestras e, também, por grupos vocais nas praças das cidades.
               Os acordes e arranjos são os mesmos. Porém, a cada nova execução nos traz a memória o quanto essa data é importante. No passado, era entoada ao som do piano ou ao som do órgão de tubos, conduzida por um imenso coral. Contudo, em dias atuais, tal melodia ganhou aspectos modernos com sons eletrônicos, através das guitarras, teclados e sintetizadores. Ainda assim, permanece toda o encanto que o Natal pode transmitir e seu verdadeiro sentido.

8 de dez. de 2008

Ocultos nas Cavernas Urbanas

Em um país onde a corrupção tinha tornado-se rotina e o jeito malandro era o modo principal de vida, havia uma cidade cercada por um mar de montanhas, onde transcorria um rio de águas pardas. Em suas terras deambulavam mentes insanas e confusas. Estes habitantes permaneciam trancados em sua ignorância, ocultos em suas cavernas particulares. A cidade havia escolhido a alienação como hábito. Seus moradores não queriam educação, apesar de abrigar várias faculdades.
Estavam no auge do século XXI, numa época em que, um simples celular possuía inúmeros recursos como, até assistir aos programas de televisão. Porém, temiam tudo o que era novo. Contraditório, não!? Estavam acostumados com o rudimentar. Até seus pensamentos eram óbvios e provincianos. O diferente era recusado. Por vezes, abandonado. Temiam o novo ou mesmo tempo em que eram amantes da tecnologia.
Mantinham relações hostis uns com os outros. Os anciãos não obtinham o respeito daqueles com menos experiência de vida. Estes cresciam de forma desvairada, sem receberem a educação de seus progenitores. Alguns habitantes não se preocupavam com seus resíduos e os desprezavam em qualquer lugar nas ruas e, às vezes, o lançavam pela janela do coletivo em andamento. Tais cidadãos vivam da auto-imagem, demonstrando ostentação e riqueza, que não possuíam. A moral e a ética já não existia. Cultuava-se a beleza e desprezava o bom caráter. Exaltava-se o fútil e o inútil. Os principais sentimentos eram a inveja e a cobiça. Apreciavam os plágios e, suas vestimentas eram réplicas umas das outras. Quase como um uniforme. Tudo era padronizado; roupas, atitudes e pensamentos.
Realizar uma simples caminhada pelo centro urbano era um jogo mortal. Os empurrões propositais eram inevitáveis. Talvez, estas pessoas não gostassem de estarem tão próximas. Muitas se viam, constantemente, dentro dos elevadores, nas portarias dos arranha-céus ou dentro dos coletivos. Todavia, não se cumprimentavam em momento algum. Nem um “Bom Dia!”, muito menos um “Tudo Bom?”. Em analogia ao Mito da Caverna, esta cidade era a própria caverna e, muitos não queriam sair da escuridão.
Riqueza e luxo conjugavam com a pobreza de atitudes. Atos de solidariedade? Somente em épocas natalinas. Como se os menos favorecidos só comessem nos meses finais do ano. Contudo, neste mesmo povoado, outras pessoas se destacavam por sua educação, desenvolvimento cognitivo e por atitudes originais. Estas poderiam ser reconhecidas nas ruas, pois brilhavam. Eram como estrelas. Ainda há esperança.

3 de dez. de 2008

Ópera Die Zauberflöte - Liberté, Egalité, Fraternité


 Ópera A Flauta Mágica - Mozart

Liberdade, igualdade e fraternidade. Estas foram palavras-temas da Revolução Francesa que despertou a França para um novo caminho influenciada pelo Iluminismo. Esse foi o maior movimento de massas até então conhecido que findou com o feudalismo. Uma corrente doutrinária, surgia com ideologias que iam ao encontro dos ideais revolucionários, a maçonaria. Essa ganhava adeptos dos mais variados, como intelectuais, pensadores e músicos, ao mesmo instante em que era questionada.
Nesse período, influenciado por tais doutrinas, Wofgang Amadeus Mozart escreveu, em 3 meses, a sua mais conhecida ópera – A Flauta Mágica – que estreou no dia 30 de setembro de 1791, em Viena. Possui dois atos e o libreto é de Emmanuel Schikaneder. Conseqüentemente, sua ópera recebeu tons da filosofia Iluminista e maçônica, revelando os dois poderes que regem as relações humanas: o bem e o mal.
A igualdade pregada pela Revolução emerge na ópera quando, o príncipe Tamino, corrompido pela sociedade (representada pela Rainha da Noite) é indagado se suportaria as árduas provas de fogo e água, para entrar nos templos da Sabedoria, da Razão e o da Natureza. Sarastro, pai da princesa Pamina e sacerdote de Ísis e Osíris, responde que Tamino é “mais que um príncipe, é uma pessoa”. Surge, desse modo, a alusão à maçonaria: é preciso passar por desafios para ser aceito na irmandade e, somente os puros de coração e os corajosos a conseguem. A liberdade, contudo, é representada quando, Pamina liberta-se da influência de sua mãe, a Rainha da Noite.A fraternidade surge ao final da Obra, revelando que todo ser humano deve demonstrar com os seus.

29 de nov. de 2008

O rádio, a publicidade e sua existência

Desde a sua criação, oriundo do telegráfo, emergente da Primeira Guerra Mundial, o rádio exerceu grande influência sobre a sociedade. Tendo como base, para a sua oralidade, a escrita, as informações radiofônicas ultrapassaram as fronteiras geográficas, oferecendo publicidade, entretenimento e, proporcionando a imagem de onipresença de instituições públicas, privadas, cantores e figuras políticas.
O presidente Getúlio Vargas utilizou, largamente, os recursos oferecidos pelo rádio, como as radionovelas e o programa radiofônico nacional "A Voz do Brasil”. Foi o rádio o meio de comunicação que mais manteve a presença de Vargas na mídia, dando ao presidente a imagem de onipresença nas casas dos brasileiros. Em paralelo com os dias atuais, a radiodifusão é o setor em que a presença do Estado ganha visibilidade.

  • A Época de Ouro:

                            Ainda, é possível relembrar, na década 40, a importância desse meio de comunicação na vida dos brasileiros. Muitas famílias assentavam-se ao redor do rádio, exposto na sala como um troféu, para ouvi-lo. As pessoas colocavam suas melhores roupas para nem saírem de casa. O rádio era a sua principal fonte de informação. Este revelou muitos artistas que fomentaram o seu desenvolvimento, como Emilinha Borba, Abelardo Barbosa, Chico Anísio, dentre outros. Tal período foi marcado como a Época de Ouro do rádio. A radionovela era a “menina-dos-olhos”. Os programas de auditórios permaneciam lotados. Em meados da década de 60, o rádio alcançou lugares longínquos que a televisão não chegou. O rádio fez com que a sociedade ficasse unida, apesar de sua implantação ser marcada pelo domínio da elite brasileira. O mais simples dos humanos não tinha acesso a essa tecnologia.
Transcorreram-se muitos anos e mudanças surgiram. Atualmente, o rádio é caracterizado pelo seu dinamismo e, frente ao Jornalismo, a velocidade é o fator principal desse meio. Logo, em emissoras radiofônicas que possuem departamentos jornalísticos, com cobertura factual, o processo de produção de notícias é veloz, fazendo com que seus profissionais tenham agilidade. Desse modo, o jornalista que pretende ingressar nesta área precisa observar alguns aspectos importantes como, a oralidade, capacidade de improvisação, popularidade (carisma junto ao público) e o imediatismo.

  • Publicidade radiofônica:

                           Outro fato, anexo ao processo radiofônico, observado recentemente, é a publicidade que inicia uma jornada para se fortalecer nas ondas do rádio. A televisão, ainda, absorve grande parte do bolo publicitário. Entretanto, nota-se cada vez mais, importantes empresas unindo-se às emissoras de rádio. Diariamente, surgem jingles e recursos sonoros criativos e diferenciados em busca da atenção do ouvinte. O rádio é um dos mais fortes meios de comunicação de massa, capaz de exercer grande influência.

  • Sua existência:

                            Indagações sobre a sua existência foram feitas quando surgiu a televisão. Contudo, o rádio fortaleceu ainda mais e, hoje, percebemos sua importância unida a outros meios midiáticos como o surgimento das webrádios. O processo de radiodifusão uniu-se à internet que caminha para uma ascensão.
A todo instante, as pessoas permanecem conectadas ao rádio, ouvindo suas músicas e programas preferidos, campeonatos de futebol e noticiários, através de MP3, MP4, Ipod’s, celulares - nas ruas, dentro dos ônibus, repartições públicas etc - dentro de seus automóveis e em casa - pelos aparelhos microsystem ou navegando na internet, conectadas às webrádios - enquanto praticam atividades seculares.
                          Assim, na pós-modernidade, o rádio vai conquistando mais espaço aliado aos recursos digitais, anunciantes e à sua popularidade histórica.


 

14 de nov. de 2008

Violência como produto



Observa-se que a violência é algo muito presente em dias atuais, sendo a juventude vítima e cúmplice das crueldades desse ato. Cada vez mais, jovens estão ingressando, em grupos ou isolados, em brigas, assaltos, tráfico de entorpecentes, além de posse ilegal de armas. Ser violento é ter poder. Quase que um status social.
As grandes metrópoles brasileiras assistem a um crescente número de atos cruéis, sem motivos claros, praticados por jovens. Tudo é sinônimo para furtar e assassinar. É preciso ressaltar que a violência não é exclusividade dos jovens das periferias. Engana-se quem assume a teoria de que os maiores causadores de violência são adolescentes, moradores das chamadas favelas. Muitos jovens de classe média e alta, primogênitos de médicos e magistrados, também praticam tais atos insanos, como o caso dos jovens da cidade de Brasília, que atearam fogo em um índio, enquanto esse dormia em um banco. Por outro lado, a mídia bate palmas para tantos atos de violência. Ocorre uma espetacularização da criminalidade nacional, como no recente seqüestro de Eloá e Nayara. Houve exacerbada apresentação do fato transformando-o em uma atração circense.
Na atualidade, a violência ganha as manchetes dos principais impressos, além de cobertura em tempo real dos fatos, através da Tv e da Internet. A busca pela audiência associada ao desejo de ver das pessoas, faz com que alguns profissionais dos meios de comunicação adotem o sensacionalismo como modelo de trabalho. Outros ainda, assumem o papel de juristas, julgando e condenando previamente. A violência tornou-se um produto. É vendida ao público. E, a massa compra tal gênero. Observa-se uma inversão de valores, tornando a vida humana abstrata e confusa.

O Palco Iluminado e a falta de Ética

                                Observa-se atualmente, um jornalismo realizado de sem profissionalismo, sendo conduzido pelo lucro exacerbado das empresas jornalísticas. O sensacionalismo é a palavra de ordem. A notícia, agora, é um Show. Um grande palco iluminado é montando sobre a produção da notícia. Surge o jornalismo espetáculo.
                                Os meios de comunicação de massa tornaram-se, cada vez mais, em monopólios, empresas imperialistas, onde a verdadeira massa não tem voz, manipulada, por vezes, omitida de informações cruciais.
A busca pela objetividade é rara. Quase que extinta. A imparcialidade emerge como a fênix que representa os anseios dos patrocinadores e ideologias empresariais. A teoria organizacional predomina em várias redações. Esse fato, pode ser exemplificado através da discriminação oculta que ocorreu aos países do Oriente Médio, após os atentados ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Houve uma demoniação do Afeganistão, Iraque e outros, feita pela mídia ocidental. A imprensa norte-americana fomentou a guerra de conflito, indo tais pensamentos ao encontro dos ideais políticos do Governo Bush. Os norte-americanos apoiaram as atitudes de Bush, manipulados pela imprensa. A massa foi controlada por grupos de empresários que atuam no Jornalismo. Observou-se, ainda, durante semanas, um turbilhão de imagens das torres gêmeas em chamas, jorradas na televisão mundial. O World Trade center foi transformado em um Reality Show: muito sensacionalismo e nenhuma Ética.
                           Nota-se, também, que nos jornais impressos os textos estáão permanecendo em segundo plano, contendo superficialidade de fatos. Vivemos a era da imagem. Evita-se o texto e, um turbilhão de imagens invade o cotidiano social. A sociedade anseia por imagens e, consequentemente, um esvaziamento de conteúdo, uma alienação. E a notícia virou um produto à venda, na vitrine.

25 de out. de 2008

Estados Unidos: Doutrinas de Medo e a Influência da Mídia


Cena do filme "As Bruxas de Salém" - John Proctor (em destaque)

Em seu livro “Deus é inocente, a imprensa não”, Carlos Dorneles relata a influência exacerbada que a imprensa norte-americana exerceu sobre a população após os atentados de 11 de setembro. Segundo o jornalista, a imprensa despertou, nos cidadãos, o desejo de vingança aos afegãos, indo ao encontro dos ideais do Governo Bush. As pessoas compraram o conflito de reação, sem ao menos pensarem nas conseqüências oriundas de tal ignorância. Vários jornais publicaram que somente alvos militares estavam sendo atingidos. Errados!! Muitos desses eram civis, pessoas de vida simples sem qualquer ligação com o terrorismo. Até postos da Cruz Vermelha foram atingidos. A imprensa norte-americana demonstrou-se incapaz e submissa, ao divulgar informações equivocadas – falsas. Observa-se essa realidade no longa metragem “As Bruxas de Salém”, que faz uma analogia ao Macarthismo, movimento político anti-comunista ocorrido após a II Guerra Mundial. Houve nesse período, nos Estados Unidos, perseguições contra vários artistas de Hollywood, acusados de serem simpatizantes ao Comunismo. No longa, a classe dominante, da pequena vila, ansiava por culpados, apoiados pela maioria da população de Salém. Os interesses econômicos estavam claros ao julgar, previamente, as pessoas de executarem atos de bruxarias. A mentira era a base. “E, uma mentira contada várias vezes, torna-se verdade”. Havia um poder manipulador sobre a massa através da oralidade da personagem Abgail (Wionna Rider), incentivada por suas amigas, que também sofriam suas influências e pelo pastor, seu tio, que não queria ver sua imagem de homem “santo” associado a um lamaçal de erros bestiais. A lealdade das amigas de Abgail foi mantida pela imposição do medo. Abgail implantou o medo através da sua oralidade impondo autoritarismo, assim como Bush o fez através da imprensa sensacionalista norte-americana; medo esse registrado por Michael Moore em seu documentário Fahrenheit 9/11. Segundo Moore, a melhor forma de controlar uma população, uma massa, é impondo o medo. Desse modo, como nas falsas acusações de bruxaria em Salém, como também no Macarthismo e no conflito do século XXI - no Iraque - muitos inocentes foram mortos. E o desrespeito com a humanidade contínua, baseado nas influências das doutrinas de medo, ditadas pelo tio Sam.
Wellerson

3 de out. de 2008

Horário Eleitoral Gratuito 2008

Uma nova forma de se fazer programas humorísticos


Desde o início da Campanha Eleitoral, nota-se o perfil de candidatos despreparados para ocupar o poder legislativo municipal. Percebe-se a falta de conhecimento, de muitos, sobre o seu município, além de expressarem uma linguagem extremamente coloquial, sem coesão e até mesmo vulgar, assassinando a boa e velha Língua Portuguesa. Para agravar tal situação, muitos candidatos elaboram músicas sem ritmo e rima, fazem péssimos trocadilhos com os seus nomes e respectivos números de candidatura e, a população é obrigada a ouvir tal lixo sonoro. Porém, não é de tudo ruim assistir ao horário eleitoral gratuito, na TV. Há de se dar muitas risadas. Parece um novo paradigma para se fazerem programas humorísticos - diários. Se não forem eleitos, poderão investir na carreira artística como humoristas. É visível o despreparo dos candidatos. Muitos, com exceções de poucos, têm realmente um compromisso com a cidade. O que buscam esses candidatos já é conhecido da população. Talvez, se eleitos, aprovem, uma vez ou outra, alguma lei ridícula e como de costume, caíam no esquecimento da população.
Wellerson

2 de set. de 2008

Quem controla a tecnologia controla o mundo

                       Novamente, às telas, um clássico: Superman – O Retorno. Dos vários elementos que constituem o longa-metragem de Superman, pode-se destacar um comentário de Lex Luthor sobre “o controle do mundo”, fato bem presente nossos dias. Lex Luthor menciona que, quem controla a tecnologia controla o mundo: “os romanos controlaram o mundo, pois construíram estradas. Os ingleses controlaram o mundo, pois construíram navios. Os Estados Unidos, a bomba atômica; e por ai vai”. Ainda citou a história mítica grega de Prometeu que, roubou, dos deuses, a tecnologia do fogo e as deu aos mortais, seres humanos, que passaram a dominar um dos mais importantes elementos da natureza.
                         E a busca de poder continua. Os países desenvolvidos, considerados potências mundiais travam uma briga invisível, ou quase que invisível, pela posse do poder global. Robôs quase humanos, novas fontes de energias renováveis, economia forte, opressão de culturas, manipulação de informações, além do monopólio sobre as patentes de vários remédios e vacinas; tudo é objeto de desejo, posse e poder. Assim, tais países visam controlar os países considerados subdesenvolvidos, onde se concentram a maioria da população mundial, submetendo-os às severas leis como forma de repressão econômica e cultural. A busca incessante pela mais avançada tecnologia não tem fim, afinal, quem controla a tecnologia, controla o mundo.
Wellerson



21 de ago. de 2008

Nostalgia aos Fins de Semana

Programas de auditório, músicas sem conteúdos e filmes repetidos fazem das programações televisas, aos sábados e domingos, um verdadeiro show de nostalgia e tédio.


A busca incessante por audiência, nos finais de semana, faz com que muitas emissoras se desviem de uma programação que realmente interesse e agrade ao público. Os tradicionais programas de auditório, unido à músicas que tocam nas rádios a semana inteira, transformam o descanso semanal dos trabalhadores, em um teste de paciência. Esses apresentam formatos com ares de novos, contudo, assumem as mesmas formas antigas e ultrapassadas. Ainda, oferecem quadros que demonstram total falta de senso crítico, como as antigas e melosas “pegadinhas”, que constrangem aqueles que delas participam. O apresentador, também conhecido como animador, durante todo o programa, tenta manter as pessoas animadas e alegres, que estão, ali, assentadas à horas no auditório. Mencionemos ainda, que esses tão “consagrados” programas de auditório alienam as pessoas, deixando-as em um estado mental de inércia constante. Em outras palavras: uma lavagem cerebral. As programações são idênticas em todos os canais abertos, só trocam de nome, impossibilitando o telespectador de opções variadas. Até os apresentadores seguem um formato parecido, como se um fosse clone de outro.
E os filmes anunciados como inéditos? Inéditos naquele horário; é claro. O filme já foi exibido em todos os horários possíveis naquela emissora. Em outros casos, alguns são exibidos com duas ou três horas de atraso, conforme o horário anunciado durante a semana. Muitas vezes, os telespectadores já decoraram as falas das personagens e conhecem cada efeito especial.
Assim, os fins de semana, para aqueles que optam por ficar em casa, descansando, são no mínimo um desastre caso liguem a tv. Pura nostalgia. Para esses, outra opção seria alugar um DVD de um filme realmente inédito, ouvir música de qualidade, ou melhor, ler algum livro. Que tal ler um bom jornal?

5 de ago. de 2008

Auto-falantes e as Campanhas Eleitorais Municipais 2008

                                          Muito lixo sonoro em altíssimo volume


Desde o dia 06 de Julho, do ano decorrente, deu-se início as campanhas políticas, para definir os novos eleitos municipais: vereadores e prefeitos. As campanhas eleitorais realizadas em auto-falantes, têm horários preestabelecidos, segundo os termos do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), da Lei das Eleições(Lei nº 9.504/97) e da Lei nº 11.300, de 10/05/2006, que dispõe sobre propaganda eleitoral. Contudo, não há regras quanto ao volume. Assim, muitos partidos fazem uso exacerbado dos auto-falantes, nas vias públicas. O que se vê em muitas cidades é a disputa entre os amplificadores: a chamada guerra dos sons. Fixados sobre os carros de passeios ou bicicletas, os amplificadores emanam sons em alto volume e muitas vezes, com ruídos e ecos, além dos candidatos apresentarem músicas e trilhas sonoras de péssimo gosto. Quanto ao volume do som, talvez, seus elaboradores acham que os eleitores sofram de alguma deficiência auditiva, no mínimo. Observa-se que, as pessoas dentro de suas casas são obrigadas a interromperem suas conversas quando um carro de som transita pela rua. Em algumas residências, nota-se o tremer de paredes. E as pessoas que estão nas calçadas? Infelizmente, são vítimas da falta de senso e desrespeito com a alteridade. Desse modo, enquanto não chegar o dia fatídico das eleições, os cidadãos serão obrigados a ouvirem tal lixo sonoro em alto e péssimo som.

24 de jul. de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas



O fascínio que Batman exerce gera altos números de bilheteria


Em exibição desde o último dia 18 de julho, o filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, tem apresentado um elevado número nas bilheterias. Segundo a distribuidora de filmes Warner Bros, somente na sexta-feira, dia da estréia, o filme arrecadou 66,4 milhões de dólares. O novo filme foi esperado grande ansiedade pelos fãs de Batman. Contudo, o longa-metragem não apresentou o que realmente era esperado. O filme apresenta-se simplório e cansativo nas maiorias das cenas, que poderiam ser classificadas como mornas. Com poucos recursos tecnológicos, como o baixo número de efeitos especiais e visuais, o filme não exibiu toda a grandeza que Hollywood sempre apresentou em seus filmes de ação. Não obstante, a versão dublada nos legou algumas horas de filme com ecos e ruídos que na versão legenda não se observa. Assim, o sucesso de bilheteria da nova película de Batman, não está relacionado aos efeitos tecnológicos que ficaram ausentes, que eram tão esperados, mas sim a magia e o fascínio que Batman exerce há 76 anos desde a sua criação, em 1932 por Bob Kane.

Entranto, nem tudo foi tão ruim. Pode-se destacar a excelente atuação do ator Heath Ledger, que foi morto recentemente. Sua brilhante interpretação, como o temível Coringa, proporcionou momentos de risos combinados a muito suspense e talento.

23 de jul. de 2008

A Herança da Escravidão - Racismo e Hipocrisia


Trabalhadores Negros - derivados da Cana-de-açucar.

Em meio a tanto progresso científico e tecnológico, em pleno fervor do século XXI, a sociedade brasileira ainda não reconhece o valor do negro, apesar de todas as suas contribuições aos movimentos sociais em favor da pessoa negra. A sociedade brasileira é racista, porém, esconde tal fato. O racismo é simplesmente camuflado por máscaras de piedade e pena, como se os negros precisassem desse sentimento. O preconceito com as pessoas de pele negra, ou parda, se esconde por detrás das relações falsas de amizades que muitos intelectuais sustentam. Conversam e brincam com negros, no trabalho ou nas escolas, mas nunca convidam seus amigos, de pele parda, para uma social em suas casas.
O racismo, entretanto, é algo antigo que tem sua origem no processo de colonização, ou melhor, exploração do Brasil. Vários negros arrancados de suas famílias, no continente africano, foram transportados como alimentos para serem vendidos e explorados nos imensos e enriquecedores canaviais, na mais nova propriedade européia. Criou-se uma imagem de passividade do negro, como se ele não tive sentimentos, incapaz de raciocínio e intelectualidade. Assim, a lucrativa colônia latina cresceu ensinando as suas crianças brancas o direito do domínio adquirido sobre as pessoas de pele escura. Tal mentalidade persiste até hoje. Observar-se, que o preconceito ainda permanece vivo nas mentes hipócritas das pessoas. Ninguém admite. Contudo, suas atitudes vão revelando o seu verdadeiro “eu racista”. Atualmente, o racismo é silencioso e audaz. Fere de forma voraz. Tal discriminação fica evidente, quando um negro entra em uma loja. É raro o vendedor que logo se prontifica em atendê-lo. Ora, as câmeras de vigilância o seguem, por toda a loja, rotulando-o, previamente, de ladrão. Aliás, a atitude de rotular os outros sem conhecê-los, já é uma característica humana. Ou ainda, os vários negros que não conseguiram um cargo satisfatório no emprego, não por falta de qualificação profissional, mas por que havia pessoas brancas concorrendo ao mesmo cargo. Nas novelas e seriados brasileiros, pouco se mudou, os negros ainda continuam a fazer personagens marginalizados e ocupando cargos inferiores. Ainda, nota-se a ocorrência de discriminação racial na Internet, nos sites de relacionamentos, em comunidades anônimas. Em resumo, muitos brasileiros esqueceram que seu País foi construído sobre o sangue de muitos negros. Isto é fato, não há como mudar a História trágica brasileira. Podemos, contudo, mudar o presente e o futuro, lançamento sobre nossa Pátria novos olhares menos egoístas e hipócritas, resultando em atitudes mais humanas.

 

Uma Profissão à venda




Atualmente, observa-se um aumento no número de profissionais de Enfermagem tanto de nível superior como, técnico. Ocorre um acelerado processo de implantação de infinitas faculdades e inúmeros cursos, como se a profissão fosse um produto à venda, em promoção. Virou mania. Uma febre. Para ser mais radical, tornou-se uma epidemia ser profissional de Enfermagem, e muitos sem vocação para tal exercício. Assim, surgem os maus profissionais. Nota-se a má formação dos alunos de saúde e a falta de comprometimento com o trabalho. Profissionais sem qualquer habilidade para assumir um setor de internação ou até mesmo,apresentam falta de conhecimentos teóricos e práticos que, deveriam estar embutidos desde a época das cadeiras da faculdade. Não obstante, surgem os infinitos técnicos em enfermagem sem qualquer preparo, que todos os anos, os cursos técnicos, jorram no mercado de trabalho. Esses ingressam fascinados e iludidos com a uma profissão que lhe dará riqueza, fama e status social. Contudo, não possuem talento e muito menos, vocação para o REAL exercício da profissão. Muitos querem apenas sentir o prazer ou, a nostalgia de poder desfilar, pelas ruas, de roupas brancas. Entretanto, em meios a este caos de liquidação e banalização da enfermagem, há a presença de pessoas comprometidas com o que fazem, profissionais que abraçaram a Enfermagem desde o início de seus cursos e a exercem com muito profissionalismo e seriedade; essa que é uma das profissões mais lindas e dignas: o ato de cuidar do outro. Talvez, sejam esses profissionais a minoria, contudo, permanecem firmes lutando por uma Enfermagem mais bem preparada, melhor reconhecida, sem erros, sem falhas e falsos profissionais.