24 de jul. de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas



O fascínio que Batman exerce gera altos números de bilheteria


Em exibição desde o último dia 18 de julho, o filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, tem apresentado um elevado número nas bilheterias. Segundo a distribuidora de filmes Warner Bros, somente na sexta-feira, dia da estréia, o filme arrecadou 66,4 milhões de dólares. O novo filme foi esperado grande ansiedade pelos fãs de Batman. Contudo, o longa-metragem não apresentou o que realmente era esperado. O filme apresenta-se simplório e cansativo nas maiorias das cenas, que poderiam ser classificadas como mornas. Com poucos recursos tecnológicos, como o baixo número de efeitos especiais e visuais, o filme não exibiu toda a grandeza que Hollywood sempre apresentou em seus filmes de ação. Não obstante, a versão dublada nos legou algumas horas de filme com ecos e ruídos que na versão legenda não se observa. Assim, o sucesso de bilheteria da nova película de Batman, não está relacionado aos efeitos tecnológicos que ficaram ausentes, que eram tão esperados, mas sim a magia e o fascínio que Batman exerce há 76 anos desde a sua criação, em 1932 por Bob Kane.

Entranto, nem tudo foi tão ruim. Pode-se destacar a excelente atuação do ator Heath Ledger, que foi morto recentemente. Sua brilhante interpretação, como o temível Coringa, proporcionou momentos de risos combinados a muito suspense e talento.

23 de jul. de 2008

A Herança da Escravidão - Racismo e Hipocrisia


Trabalhadores Negros - derivados da Cana-de-açucar.

Em meio a tanto progresso científico e tecnológico, em pleno fervor do século XXI, a sociedade brasileira ainda não reconhece o valor do negro, apesar de todas as suas contribuições aos movimentos sociais em favor da pessoa negra. A sociedade brasileira é racista, porém, esconde tal fato. O racismo é simplesmente camuflado por máscaras de piedade e pena, como se os negros precisassem desse sentimento. O preconceito com as pessoas de pele negra, ou parda, se esconde por detrás das relações falsas de amizades que muitos intelectuais sustentam. Conversam e brincam com negros, no trabalho ou nas escolas, mas nunca convidam seus amigos, de pele parda, para uma social em suas casas.
O racismo, entretanto, é algo antigo que tem sua origem no processo de colonização, ou melhor, exploração do Brasil. Vários negros arrancados de suas famílias, no continente africano, foram transportados como alimentos para serem vendidos e explorados nos imensos e enriquecedores canaviais, na mais nova propriedade européia. Criou-se uma imagem de passividade do negro, como se ele não tive sentimentos, incapaz de raciocínio e intelectualidade. Assim, a lucrativa colônia latina cresceu ensinando as suas crianças brancas o direito do domínio adquirido sobre as pessoas de pele escura. Tal mentalidade persiste até hoje. Observar-se, que o preconceito ainda permanece vivo nas mentes hipócritas das pessoas. Ninguém admite. Contudo, suas atitudes vão revelando o seu verdadeiro “eu racista”. Atualmente, o racismo é silencioso e audaz. Fere de forma voraz. Tal discriminação fica evidente, quando um negro entra em uma loja. É raro o vendedor que logo se prontifica em atendê-lo. Ora, as câmeras de vigilância o seguem, por toda a loja, rotulando-o, previamente, de ladrão. Aliás, a atitude de rotular os outros sem conhecê-los, já é uma característica humana. Ou ainda, os vários negros que não conseguiram um cargo satisfatório no emprego, não por falta de qualificação profissional, mas por que havia pessoas brancas concorrendo ao mesmo cargo. Nas novelas e seriados brasileiros, pouco se mudou, os negros ainda continuam a fazer personagens marginalizados e ocupando cargos inferiores. Ainda, nota-se a ocorrência de discriminação racial na Internet, nos sites de relacionamentos, em comunidades anônimas. Em resumo, muitos brasileiros esqueceram que seu País foi construído sobre o sangue de muitos negros. Isto é fato, não há como mudar a História trágica brasileira. Podemos, contudo, mudar o presente e o futuro, lançamento sobre nossa Pátria novos olhares menos egoístas e hipócritas, resultando em atitudes mais humanas.

 

Uma Profissão à venda




Atualmente, observa-se um aumento no número de profissionais de Enfermagem tanto de nível superior como, técnico. Ocorre um acelerado processo de implantação de infinitas faculdades e inúmeros cursos, como se a profissão fosse um produto à venda, em promoção. Virou mania. Uma febre. Para ser mais radical, tornou-se uma epidemia ser profissional de Enfermagem, e muitos sem vocação para tal exercício. Assim, surgem os maus profissionais. Nota-se a má formação dos alunos de saúde e a falta de comprometimento com o trabalho. Profissionais sem qualquer habilidade para assumir um setor de internação ou até mesmo,apresentam falta de conhecimentos teóricos e práticos que, deveriam estar embutidos desde a época das cadeiras da faculdade. Não obstante, surgem os infinitos técnicos em enfermagem sem qualquer preparo, que todos os anos, os cursos técnicos, jorram no mercado de trabalho. Esses ingressam fascinados e iludidos com a uma profissão que lhe dará riqueza, fama e status social. Contudo, não possuem talento e muito menos, vocação para o REAL exercício da profissão. Muitos querem apenas sentir o prazer ou, a nostalgia de poder desfilar, pelas ruas, de roupas brancas. Entretanto, em meios a este caos de liquidação e banalização da enfermagem, há a presença de pessoas comprometidas com o que fazem, profissionais que abraçaram a Enfermagem desde o início de seus cursos e a exercem com muito profissionalismo e seriedade; essa que é uma das profissões mais lindas e dignas: o ato de cuidar do outro. Talvez, sejam esses profissionais a minoria, contudo, permanecem firmes lutando por uma Enfermagem mais bem preparada, melhor reconhecida, sem erros, sem falhas e falsos profissionais.