21 de ago. de 2008

Nostalgia aos Fins de Semana

Programas de auditório, músicas sem conteúdos e filmes repetidos fazem das programações televisas, aos sábados e domingos, um verdadeiro show de nostalgia e tédio.


A busca incessante por audiência, nos finais de semana, faz com que muitas emissoras se desviem de uma programação que realmente interesse e agrade ao público. Os tradicionais programas de auditório, unido à músicas que tocam nas rádios a semana inteira, transformam o descanso semanal dos trabalhadores, em um teste de paciência. Esses apresentam formatos com ares de novos, contudo, assumem as mesmas formas antigas e ultrapassadas. Ainda, oferecem quadros que demonstram total falta de senso crítico, como as antigas e melosas “pegadinhas”, que constrangem aqueles que delas participam. O apresentador, também conhecido como animador, durante todo o programa, tenta manter as pessoas animadas e alegres, que estão, ali, assentadas à horas no auditório. Mencionemos ainda, que esses tão “consagrados” programas de auditório alienam as pessoas, deixando-as em um estado mental de inércia constante. Em outras palavras: uma lavagem cerebral. As programações são idênticas em todos os canais abertos, só trocam de nome, impossibilitando o telespectador de opções variadas. Até os apresentadores seguem um formato parecido, como se um fosse clone de outro.
E os filmes anunciados como inéditos? Inéditos naquele horário; é claro. O filme já foi exibido em todos os horários possíveis naquela emissora. Em outros casos, alguns são exibidos com duas ou três horas de atraso, conforme o horário anunciado durante a semana. Muitas vezes, os telespectadores já decoraram as falas das personagens e conhecem cada efeito especial.
Assim, os fins de semana, para aqueles que optam por ficar em casa, descansando, são no mínimo um desastre caso liguem a tv. Pura nostalgia. Para esses, outra opção seria alugar um DVD de um filme realmente inédito, ouvir música de qualidade, ou melhor, ler algum livro. Que tal ler um bom jornal?

5 de ago. de 2008

Auto-falantes e as Campanhas Eleitorais Municipais 2008

                                          Muito lixo sonoro em altíssimo volume


Desde o dia 06 de Julho, do ano decorrente, deu-se início as campanhas políticas, para definir os novos eleitos municipais: vereadores e prefeitos. As campanhas eleitorais realizadas em auto-falantes, têm horários preestabelecidos, segundo os termos do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), da Lei das Eleições(Lei nº 9.504/97) e da Lei nº 11.300, de 10/05/2006, que dispõe sobre propaganda eleitoral. Contudo, não há regras quanto ao volume. Assim, muitos partidos fazem uso exacerbado dos auto-falantes, nas vias públicas. O que se vê em muitas cidades é a disputa entre os amplificadores: a chamada guerra dos sons. Fixados sobre os carros de passeios ou bicicletas, os amplificadores emanam sons em alto volume e muitas vezes, com ruídos e ecos, além dos candidatos apresentarem músicas e trilhas sonoras de péssimo gosto. Quanto ao volume do som, talvez, seus elaboradores acham que os eleitores sofram de alguma deficiência auditiva, no mínimo. Observa-se que, as pessoas dentro de suas casas são obrigadas a interromperem suas conversas quando um carro de som transita pela rua. Em algumas residências, nota-se o tremer de paredes. E as pessoas que estão nas calçadas? Infelizmente, são vítimas da falta de senso e desrespeito com a alteridade. Desse modo, enquanto não chegar o dia fatídico das eleições, os cidadãos serão obrigados a ouvirem tal lixo sonoro em alto e péssimo som.