25 de out. de 2008

Estados Unidos: Doutrinas de Medo e a Influência da Mídia


Cena do filme "As Bruxas de Salém" - John Proctor (em destaque)

Em seu livro “Deus é inocente, a imprensa não”, Carlos Dorneles relata a influência exacerbada que a imprensa norte-americana exerceu sobre a população após os atentados de 11 de setembro. Segundo o jornalista, a imprensa despertou, nos cidadãos, o desejo de vingança aos afegãos, indo ao encontro dos ideais do Governo Bush. As pessoas compraram o conflito de reação, sem ao menos pensarem nas conseqüências oriundas de tal ignorância. Vários jornais publicaram que somente alvos militares estavam sendo atingidos. Errados!! Muitos desses eram civis, pessoas de vida simples sem qualquer ligação com o terrorismo. Até postos da Cruz Vermelha foram atingidos. A imprensa norte-americana demonstrou-se incapaz e submissa, ao divulgar informações equivocadas – falsas. Observa-se essa realidade no longa metragem “As Bruxas de Salém”, que faz uma analogia ao Macarthismo, movimento político anti-comunista ocorrido após a II Guerra Mundial. Houve nesse período, nos Estados Unidos, perseguições contra vários artistas de Hollywood, acusados de serem simpatizantes ao Comunismo. No longa, a classe dominante, da pequena vila, ansiava por culpados, apoiados pela maioria da população de Salém. Os interesses econômicos estavam claros ao julgar, previamente, as pessoas de executarem atos de bruxarias. A mentira era a base. “E, uma mentira contada várias vezes, torna-se verdade”. Havia um poder manipulador sobre a massa através da oralidade da personagem Abgail (Wionna Rider), incentivada por suas amigas, que também sofriam suas influências e pelo pastor, seu tio, que não queria ver sua imagem de homem “santo” associado a um lamaçal de erros bestiais. A lealdade das amigas de Abgail foi mantida pela imposição do medo. Abgail implantou o medo através da sua oralidade impondo autoritarismo, assim como Bush o fez através da imprensa sensacionalista norte-americana; medo esse registrado por Michael Moore em seu documentário Fahrenheit 9/11. Segundo Moore, a melhor forma de controlar uma população, uma massa, é impondo o medo. Desse modo, como nas falsas acusações de bruxaria em Salém, como também no Macarthismo e no conflito do século XXI - no Iraque - muitos inocentes foram mortos. E o desrespeito com a humanidade contínua, baseado nas influências das doutrinas de medo, ditadas pelo tio Sam.
Wellerson

3 de out. de 2008

Horário Eleitoral Gratuito 2008

Uma nova forma de se fazer programas humorísticos


Desde o início da Campanha Eleitoral, nota-se o perfil de candidatos despreparados para ocupar o poder legislativo municipal. Percebe-se a falta de conhecimento, de muitos, sobre o seu município, além de expressarem uma linguagem extremamente coloquial, sem coesão e até mesmo vulgar, assassinando a boa e velha Língua Portuguesa. Para agravar tal situação, muitos candidatos elaboram músicas sem ritmo e rima, fazem péssimos trocadilhos com os seus nomes e respectivos números de candidatura e, a população é obrigada a ouvir tal lixo sonoro. Porém, não é de tudo ruim assistir ao horário eleitoral gratuito, na TV. Há de se dar muitas risadas. Parece um novo paradigma para se fazerem programas humorísticos - diários. Se não forem eleitos, poderão investir na carreira artística como humoristas. É visível o despreparo dos candidatos. Muitos, com exceções de poucos, têm realmente um compromisso com a cidade. O que buscam esses candidatos já é conhecido da população. Talvez, se eleitos, aprovem, uma vez ou outra, alguma lei ridícula e como de costume, caíam no esquecimento da população.
Wellerson