2 de fev. de 2010

Bairro Santa Tereza - Juiz de Fora

Hinário em Pauta - A Conversão

• • SUA MÚSICA

O hino “A Conversão” (At The Cross), incluído no Hinário Novo Cântico, da Igreja Presbiteriana do Brasil (HNC/IPB – Nº334), é constituído por quatro estrofes e um coro. Sua melodia tradicional é semelhante a uma marcha, de ritmo forte e constante. A música do refrão segue a mesma estrutura melódica das estrofes, sendo facilmente memorizada. O acompanhamento por instrumentos de percussão como, bateria, não tem maior complexidade. Nos hinários mais antigos desta igreja, é atribuído a esta obra o nº311. O compositor Ralph Erskine Hudson nasceu no dia 12 de julho de 1843, em Napoleon, Ohio. Ainda garoto, seus pais Henry e Sarah Hudson mudaram-se para o estado da Pennsylvania.

Assim que começou a Guerra Civil Americana, Ralph se alistou no décimo Regimento de Voluntários e serviu por três anos. Depois do seu serviço militar, tornou-se um professor de música bem sucedido. Entre 1872 e 1874 foi Professor de Canto em Mount Union College, e passou os próximos 25 anos na área de Mount Union-Alliance, Ohio. Ficou conhecido como escritor de hinos e editor musical. Foi pregador, membro da Igreja Metodista Episcopal de Mt. Union e, um dos poucos que apoiou o Exército da Salvação, ainda quando estava lutando para se estabelecer na cidade de Alliance, em meados de 1880. Ralph Erskine faleceu no dia 14 de junho de 1901, em Cleveland, Ohio.

• • SEU POEMA

Isaac Watts, autor do poema do hino, nasceu no dia 17 de julho de 1674, em Southampton, ao sul da Inglaterra. O pai de Watts era um questionador e, por duas vezes, foi preso em razão dos seus pontos de vista religioso. O jovem Isaac aprendeu mais três idiomas, Greco, Latin e Hebráico com Mr. Pinhorn, reitor de All Saints e mestre da Escola Gramatical em Southampton. O dom para a composição de poemas se revelou muito cedo. Talento reconhecido que, fez um doutor local e alguns amigos oferecerem uma oportunidade para Isaac na Universidade, achando que possivelmente ocuparia um cargo na Igreja da Inglaterra. No entanto, ele não aceitou a proposta. Em 1693 ele se filiou a Congregação Independente em Girdlers’ Hall. E, em 1694, aos 20 anos de idade, escreveu o conteúdo do "Hymns and Spiritual Songs" (Hinos e Cânticos Espirituais). Esses cânticos foram entoados a partir dos seus manuscritos na capela de Southampton e publicados entre 1707 e 1709. Isaac morreu no dia 25 de novembro de 1748, em Stoke Newington, Inglaterra. Está enterrado no cemitério Bunhill Fields, Londres.
Wellerson Cassimiro

Diana Damrau e A Flauta Mágica

Desde a sua estreia, em 30 de setembro de 1791, a ópera “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart, tem sido interpretada por inúmeros cantores líricos e orquestras. Presente em três árias dessa obra maçônica, a personagem Rainha da Noite é de forte personalidade, de ar soberano, impiedoso e manipulador.

Em sua primeira ária, a rainha conversa com o príncipe Tamino, tentando persuadi-lo de suas ideias: o resgate da princesa Pamina e, consequente, assassinato de Sarastro, sacerdote dos templos de Ísis e Osíris (deuses egípcios). As fortes e crescentes notas anunciam a chegada da Rainha, acompanhadas pelos sons de trovões. As três damas de companhias da Rainha logo se calam. Em sua segunda ária, a Rainha mantém suas armas de persuasão. Ela induz princesa Pamina a matar Sarastro, com um punhal. Mais uma vez, a personagem revela seu poder manipulador, sucumbindo o amor maternal. A jovem e inocente Pamina fica perturbada em executar esse homicídio.

Ao longo dos tempos, são diversas as cantoras que interpretaram a “Rainha da Noite” como, Érika Miklosa, Gruberova, Natalie Dessay e Diana Damrau. Contudo, nem todas elas apresentaram exímio talento em suas atuações. Gruberova, por exemplo, força sua interpretação durante a segunda ária e, quase sai do tom das notas agudas. Sua atuação não convence o publico de que Pamina deve matar Sarastro. Érika Miklosa, em uma encenação ao ar livre no Festival de ópera de St. Margarethen, em 1999, também não deve sucesso. Sua atuação falha logo no primeiro ato, cabendo ao tenor Michel Kurz (Tamino) sustentar o encanto do libreto. Considerando técnica vocal e interpretação a cantora Diana Damrau apresentou um melhor trabalho dentre as cantoras citadas. Em concerto comemorativo do nascimento do compositor austríaco, no Royal Opera House, em 27 janeiro de 2003, sua atuação dispensa comentários. Damrau, verdadeiramente, incorpora sua personagem e vive a história do libreto, demonstrando não só seu poder vocal. Mas, também, talento para a interpretação. Suas expressões faciais não deixam dúvidas. Wellerson Cassimiro