19 de jul. de 2010

Hinário em Pauta - Música Altos Louvores

Texto de Sarah Poulton Kalley (1873) e música de Charles Avison (1710 – 1770), o hino “Altos Louvores”, contido no Hinário Novo Cântico (HNC) da Igreja Presbiteriana do Brasil, mostra um

Sua tonalidade em bemol a obra revela os dois primeiros versos - de cada estrofe - como uma anunciação, um forte chamado ou uma aclamação. Nestes versos, as notas das vozes do soprano, contralto e tenor permanecem agudas, apenas com a exceção da voz do baixo. Este recurso, usado por Avison, tem a intenção de destacar um trecho da peça para valorizar o conteúdo da mensagem escrita, que está sendo entoada.

Nos versos que se seguem observa-se um suave diálogo entre os compassos, alternando notas, pouco, agudas. Há um contraste imediato estes quatros versos; como se depois da tempestade (do primeiro e segundo verso) viesse a calmaria (do terceiro e quarto verso), separados por uma pausa da semínima no compasso quaternário. Tal estrutura ocorre de modo seqüenciado em todas as estrofes.

O último verso de cada estrofe é cantado duas vezes. Cada vez que o verso é repetido, executam notas diferentes, terminando em um primordial “rallentando”.
O hinário não apresenta, nesta peça, as expressões de intensidade cabendo, assim, ao músico a sua auto-interpretação da mensagem, correspondendo corretamente, as expressões como, pianíssimo, mezzoforte e sforzando. O último compasso, de cada estrofe, é formado por uma mínima acompanhada de uma pausa da semínima.

A versão adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil contém quatros estrofes, sendo que a mensagem, das duas primeiras, destina-se para o homem. Surge um convite para que o homem louve seu criador, nas frases: “Altos louvores a quem triunfou” e, “Glória rendemos ao bom Salvador”. No entanto, a mensagem das demais estrofes tem o objetivo de adoração Divina, confessando que Deus é amparo constante e fiel protetor. Wellerson Cassimiro

1 de jul. de 2010

Juiz de Fora e a Copa do Mundo 2010




Fotos: Wellerson Cassimiro - Rua Marechal Deodoro - centro.

Manipulação Imagética

Matrix, Avatar, Titanic e 300. Todos, longas-metragens hollywoodianos, ganharam destaque nas bilheterias dos cinemas e chamaram a atenção por causa de sua produção. Reproduzir um grande naufrágio épico com inúmeras mortes, criar um mundo totalmente psicodélico, imaginário, ou simular grandes batalhas quase que medievais seriam bem mais difícil se não fosse pela presença dos modernos softwares de alterações digitais. A manipulação imagética chegou às telas do cinema no final da década de 90 e ganhou forças no início do atual século. Até mesmo alguns diretores de novelas já aderiram aos recursos de manipulação digital.

Feliz, ou infelizmente, esta técnica chegou ao jornalismo. Empresas jornalísticas, instituições até sérias, em nada sensacionalistas, se apoderaram desse recurso. A manipulação digital, no entanto, se consagra como uma via de mão dupla. Criado para suprimir possíveis falhas como, baixa iluminação ou olhos vermelhos, estes softwares, por vezes, são empregados de forma equivocada e até tendenciosa, criando e alterando cenários e elementos de composição. O resultado é incômodo e, algumas vezes, processos judiciais. Para o jornalismo diário a principal perda é a credibilidade e a veracidade das informações imagéticas, algo precioso para esta ciência social.

Acredito que a “manipulação” mais perfeita ocorre no momento exato da captura dos fatos. A experiência do fotojornalista fez com que ele registre cenas inusitadas e curiosas, dignas de prêmios. Alterar as imagens arquivadas em computadores é fácil. O Photoshop, por exemplo, criado em 1987 por Thomas Knoll, a cada ano torna-se mais fácil o seu manuseio. Em segundos retira-se uma pessoa, objeto da imagem ou até amputa-se membros do corpo. O difícil é produzir fotografias bem estruturadas no ato captura contendo uma informação explícita e uma opinião implícita, sem lançar mão dos recursos de softwares. Wellerson Cassimiro.