30 de dez. de 2010

Algumas Imagens de 2010

O MOMENTO DA RETROSPECTIVA!


Repórter Viviane Novaes, repórter cinematográfico Manoel dos Santos e o gradudando em Jornalismo Wellerson Cassimiro


Movimento e energia


Estátua no jardim do Museu Mariano Procópio


Bairro São Mateus


Bairro Santa Terezinha


Semana Santa - Procissão do Encontro - Rua Espírito Santo.


Greve dos Garis - Praça Antônio Carlos


Greve dos Garis - Bairro Poço Rico


Bairro Francisco Bernardino e Jardim Natal - Zona Norte


Copa do Mundo - Rua Marechal Deodoro, Centro.


Copa do Mundo - Rua Marechal Deodoro, Centro.


Copa do Mundo - Rua Marechal Deodoro, Centro.

E o momento da retrospectiva 2010... continua!


Susto pela manhã, na Rua Santa Rita. Incêndio na Loja Scio Lustres


Incêndio na Loja Scio Lustres


Prédio Histórico - Getúlio Vargas equina com Rua Espírito Santo


Bairro Poço Rico e Santa Tereza


Banda Daki - Zé Kodak e rei e rainha do Carnaval juizforano


Carnaval - Concentração na Avenida dos Andradas


Capivaras às margens do Rio Paraibuna - Bairro Mariano Procópio


Caminhada contra a Exploração Sexual de crianças e adolescentes - Câmara Municipal


Caminhada contra a Exploração Sexual de crianças e adolescentes - Calçadão Rua Halfeld


Praça do Bairro Bom Pastor - Zona Sul - Juiz de Fora


Município de Belmiro Braga - Minas Gerais


Avenida Brasil - Viaduto Augusto Franco

28 de dez. de 2010

Um desvio ocular sobre a sociedade

BLOGUEIRA REVELA NOVAS FORMAS DE DISCUSSÃO SOBRE MÚSICA RELIGIOSA

Música cristã alternativa, poesia cantada, moda e regionalidade são alguns dos temas tratados no blog “Desvio Ocular” (http://desvioocular.blogspot.com) criado pela graduanda do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, Valeska Paulino, 21 anos (foto), que percebeu em um segmento musical esquecido uma nova forma criativa de adoração.

Segundo a jovem, que é uma admiradora de MPB (música popular brasileira), música indie (gênero musical de origem britânica da década de 1980) e música folk (música folclórica feita pela sabedoria popular. Terminologia adotada no secúlo XIX), boa parte do público cristão desconhece as músicas regionais e os estilos alternativos que buscam louvar a Deus. Revela que, as pessoas, muitas vezes, se prendem apenas aos cantores e bandas do momento. “Nada contra os grandes conjuntos, mas é muito legal quando podemos descobrir coisas novas, nomes novos, ou até mesmo redescobrir a música cristã que já está por aí sem muita atenção”, desabafa.

Missão: ser uma referência

Para Valeska Paulino, o seu gosto musical a faz ter uma direção diferente das demais pessoas, e encanta-se com uma boa levada ou uma poesia cantada. E ela faz um alerta. “Temos que valorizar nossos poetas cristãos que, louvam a Deus destacando a sua criação, amor e simplicidade”. A jovem conta que o objetivo do blog é mudar o foco da sociedade para uma cena musical cristã ainda pouco conhecida, divulgar os grandes nomes da MPB, bandas iniciantes e apresentar os diversos ritmos. Além da música regional cristã e musicalidade, Valeska abre forúm de debates sobre moda, comportamento, religiosidade e vida espiritual, e esclarece que seu blog não tem um público específico. “A intenção é servir como ponto de referência para quem se interessar por toda boa e nova música nacional”, encerra. Wellerson Cassimiro

Juiz de Fora - Bairro Santa Tereza


Região Leste da cidade.

O dom de ver e a habilidade de enxergar

(Imagem do Blog Desenhos Paint Color)

Nascemos, crescemos, reproduzimos e morrermos; já diz um velho provérbio popular se referindo ao ciclo da vida. Entretanto, antes de um terço dessa evolução, ainda na infância, passamos por diversas experiências que, auxiliam no nosso desenvolvimento. A primeira delas, vivida por uma criança ocorre através da consciência tátil. Em seguida, as descobertas ocorrem através do olfato, paladar, audição e visão. Desse modo, considerando todos estes elementos, Donis A.Dondis apresenta, em livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, um estudo das artes relacionadas à comunicação visual. Em especial, no primeiro capítulo, faz uma análise referente à capacidade de visualização do homem denominado, por Dondis, de alfabetização visual. Todos nós vêem. Contudo, poucos enxergam. O número de questões levantadas pela única pergunta: Quantos de nós vêem?, nos dá a dimensão da complexidade do caráter e do conteúdo da inteligência visual.

Assim, creio que, esses questionamentos são extremamente relevantes em dias atuais, nos quais a sociedade é bombardeada – diariamente – por milhões de imagens e textos. Mais imagens do que texto, é claro. Fato comprovado no jornalismo impresso que, abriu espaço para anúncios imagéticos; reduzindo, desse modo, o espaço textual. E, nesta guerra por espaço nas páginas dos períodicos, os vencedores ora, são as fotografias. Ora, são os anúncios; o que exige das pessoas uma leitura mais complexa. Os aspectos que compõem a comunicação visual, tratada por Dondis, mantêm uma relação estreita com o estudo da semiótica (destaco os estudos de Pierce).
No campo da fotografia e nas artes plásticas, por exemplo, fazer análises de imagens, esculturas e fotografias (leituras semióticas) é de fundamental importância. Até mesmo para opinar quanto à beleza de um quadro ou de uma estátua faz-se necessário uma minuciosa leitura semiótica, que envolve a cultura individual de cada um.

Desse modo, ratifico que as fotografias em sua totalidade conquistaram lugar de prestígio no pódio da comunicação. Tema de muitas discussões no campo jornalístico, em especial no meio acadêmico, o visual predomina, e o verbal passou a ter a função de acréscimo. Segundo BARTHES (1999), o texto casa-se harmoniosamente com a imagem. Todavia, isto mudou radicalmente. As informações imagéticas influenciam muito mais do que as informações verbais. O que antes possuia o mesmo peso. Agora, a balança tende-se a pesar para a ciência fotográfica. Está comprovado. Portanto, o ser humano é muito mais visual. Wellerson Cassimiro.

Juiz de Fora - Praça Antônio Carlos


Praça Antônio Carlos e complexo do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, Centro.

27 de dez. de 2010

Gregorian - sacro e profano

Produzido pela Nemo Studio, o projeto alemão Gregorian dá uma nova, e excelente, roupagem às melodias Pop Rock dos anos 60, 70, 80 e 90. Liderado por Frank Peterson, o grupo se consolidou em 1998. No entanto, o primeiro álbum que inspirou e impulsionou a formação do grupo foi gravado em 1991. Até o momento, a banda coral contabiliza mais de 20 álbuns, e aplica sobre as músicas modernas arranjos vocais harmônicos ao estilo do canto gregoriano.

Além da utilização dessa escala musical, a maioria de seus videos, gravados nos interiores de catedrais e mosteiros, proporciona uma atmosfera realmente sacra. Entre as músicas harmonizadas por Gregorian, e que ganharam um toque religioso, estão “Send me an Angel” da banda de rock Scorpions; “Losing My Religion”, do R.E.M; e “With or Without You live”, da banda irlandesa U2. Na canção “Moment of Peace” o grupo ainda contou com a voz marcante de Amelie Brightman.

A origem do estilo

Segundo informações da Enciclopédia Britânica Barsa (volume 7, p.143), o canto gregoriano é a mais antiga manifestação musical da Europa ocidental e tem suas raízes nos cantos das antigas sinagogas, desde os tempos de Jesus Cristo. O período de formação desse estilo ocorreu entre os séculos I e VI, atingindo o seu auge nos séculos VII e VIII. Entretanto, sofreu forte decadência por volta dos séculos IX, X e XI, logo no início da Idade Média. Seu nome é uma homenagem ao papa Gregório Magno (540-604), também conhecido como Gregório I, que foi um prudente reformador e renovou toda a música eclesiástica.

Discografia do grupo

O grupo Gregorian é formado por Richard Naxton (Naxos), Johnny Clucas (Johnny), Dan Hoadley (Dan), Chris Tickner (Chris T.), Richard Collier (Rich), Gerry O'Beime(Gerry), Lawrence White (Lorro) e Rob Fardell (Rob F.), além de Frank Peterson. Eles já colecionam em sua discografia os álbuns Sadisfaction (1991), Masters of Chant(2000), Masters of Chant Chapter II (2001), Masters of Chant Chapter III (2002), Masters of Chant Chapter IV (2003), Gregorian - The Dark Side (2004), The Masterpieces (Best Of CD+Live DVD) e The Masterpieces Jewel Case! (Live DVD+Best Of CD) gravados ambos em 2005, Masters of Chant Chapter V e Christmas Chants (2006). Seu CD mais recente é The Dark Side Of The Chant (2010).
Wellerson Cassimiro

25 de dez. de 2010

Juiz de Fora - um centro cultural


Centro Cultural Bernardo Mascarenhas. Av. Getúlio Vargas, Centro.

Uma melodia francesa para o Natal

Hoje é Natal, e em várias regiões do Brasil e do Mundo esse dia é comemorado de diversas formas: reuniões familiares e religiosas, peças teatrais, troca de presentes, confraternizações de empresas e, claro, muita música.

Os concertos natalinos se estendem por todo o dia, em diferentes pontos das cidades como, por exemplo, nas igrejas, teatros e salas de concertos. No repertório, estão músicas tradicionalmente conhecidas. Entre elas, “Noite Feliz”; “Oh, Holy Night”, “Adeste Fideles”, “Louvor Angelical”, de Felix Mendelssohn; e a música “Jesus Nasceu”, que faz parte do arranjo do “Oratório Messias” (1742), do compositor barroco Georg Friedrich Händel.

Entretanto, outra música muito apreciada por orquestras e maestros é a obra francesa “Surgem Anjos Proclamando” (no inglês “Angels We have Heard On High”). Sua estrutura melódica fácil e alegre, rapidamente, fixa-se na memória, fazendo com que depois de poucos minutos, as pessoas já estejam cantarolando algumas notas. Falando tecnicamente, a obra possui quatro estrofes e um coro; composta em Fá Maior, sob o compasso quaternário. Quanto ao seu andamento, a partitura registra o “allegretto”. O texto foi extraído da coleção “Cânticos de Natal”, sob a tradução de Isaac Salum. Wellerson Cassimiro

21 de dez. de 2010

Juiz de Fora - Prédio do JF Informação


Prédio do JF Informação - Funalfa. Parque Halfeld. Centro.

20 de dez. de 2010

Hinário em Pauta - Cantus Diversi

A música que tem atravessado gerações

Famosa e apreciada por maestros, orquestras, corais, tenores e sopranos, não se concebe uma celebração natalina sem a interpretação da obra Adeste Fideles. Traduzida para a língua portuguesa pelas mãos do Reverendo James Theodore Houston, a música “Ó Vinde Fiéis” vem sendo executada desde o final do secúlo XIX, em diversos países. O poema original, em latim, com oito estrofes, foi atribuído a um autor francês, São Boaventura (1221 – 1274). Existe, ainda, na Inglaterra um manuscrito intitulado “Cantus Diversi pro Dominicis et Festis per Annum” copiado pelo padre John Francis Wade, em 1751, responsável por associar pela primeira vez o texto a essa melodia.

Inúmeros cantores, bandas, corais e orquestras já deram uma atenção especial a esta obra. Entre eles, os três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras; o quarteto Il Divo e o cantor lírico Andrea Bocelli. As cantoras do estilo New Age, Enya e Sarah Brightman. Celine Dion; a ex-vocalista da banda Nightwish, Tarja Turunen; o norte-americano Frank Sinatra e o Coral Meninos Cantores de Viena.

Fácil de ser cantada, acredito que “Adeste Fideles” - juntamente com a música “Oh Holy Night” - é a que melhor representa e anuncia a chegada do Natal. Incluída em diversos hinários como, “Salmos e Hinos”, esta magnifica peça natalina também faz parte da coleção de músicas do “Hinário Novo Cântico”, adotado Igreja Presbiteriana do Brasil. Wellerson Cassimiro.

14 de dez. de 2010

Conservatório Haydée França Americano

RECITAIS DE FORMATURA

O Conservatório Haydée França Americano, em Juiz de Fora, realizou nesta noite, 14, dois recitais de conclusão de curso que, tiveram início às 19h, no auditório da escola. Os formandos da turma de canto lírico, além do coral, foram acompanhados pelos instrumentos piano, violão, flauta, teclado e bateria.

No repertório, havia obras eruditas e de gosto popular. Entre os compositores lembrados estavam Claúdio Santoro, Hygo Frey e o francês Debussy. Elmir Pedro dos Santos, vencedor do Festival Sesiminas de Música, em Belo Horizonte, em 2009, participou do segundo recital, interpretando a composição de Andrew Lloyd Webber “All I Ask of You”, do musical “O Fantasma da Ópera. Na sexta-feira passada, 10, o recital foi de Órgão, e entre as obras barrocas, peças do compositor alemão Johann Sebastian Bach. Wellerson Cassimiro

9 de dez. de 2010

Então é Natal... em Juiz de Fora




Cine-Theatro Central

Juiz de Fora - Anoitecer


Vista do bairro Santa Tereza, Poço Rico e Morro do Imperador.

8 de dez. de 2010

Eu, Christiane F, - Kai Hermann e Horst Rieck

Liberdade, família desestruturada, violência e overdoses

“O caminho que leva à droga não é traçado pelas excentridades de uma categoria particular de crianças e adolescentes essencialmente marginais. Mas, por todo um conjunto de problemas estreitamente relacionados.” Estas são as primeiras palavras que revelam um grave problema social, citado no livro “Eu, Christiane F.”, escrito pelos jornalistas Kai Hermann e Horst Rieck.

Os jornalistas revelam a história de uma jovem alemã, Christiane F., que se envolveu, precocemente, com o mundo das drogas e da prostituição. A jovem cresceu em um bairro pobre, em um ambiente hóstil, por conta das constantes surras que levava de seu pai alcoólatra. A pancadaria doméstica seguia como rotina. Não satisfeito, seu pai também distribuía socos e pontapés com a sua esposa que, se mantinha submissa. Durante a infância, as dependências do conjunto habitacional Gropius tornaram-se cenários para as primeiras aventuras de Christiane, lugar no qual as placas de proibição se multiplicavam por todos os ambientes.

Aos 12 anos de idade, ganhou uma liberdade que sua mãe lhe deu, depois do divórcio, como recompensa aos terríveis momentos que suportou ao lado do pai violento. “Com jeans e de salto alto, andava pela rua todas as noites, até às dez horas. Tinha a impressão de que não me queriam em casa. Mas, por outro lado, achava legal ter tanta liberdade” (p.36). Liberdade esta que quase lhe custou a vida.

Sem regras, a jovem alemã ingressou, velozmente, no mundo das drogas. A princípio, experimentou as drogas mais leves. Entretanto, com o passar dos dias, estas já não a satisfazia mais. A heroína, então, foi o seu refúgio (p.99). Christiane começou a trilhar um caminho de frustações e incertezas. Para sustentar o vício, uma vez que não possuía emprego, começou a se prostituir aos 14 anos. Colecionando decepções, a jovem tentou se matar através de overdoses. Contudo, após inúmeras tentativas seus objetivos foram frustrados pela desintoxicação. A família desestruturada, pai violento, mãe extremamente submissa e divórcio repentino contribuíram para o ingresso de Christiane no caminho das drogas. Wellerson Cassimiro

3 de dez. de 2010

Juiz de Fora - Avenida Presidente Juscelino kubitschek


Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, bairro Francisco Bernardino, Zona Norte de Juiz de Fora

Franz Schubert e o seu amistoso diálogo musical

Andamento em larghetto, compasso quaternário, presença constante de quiáteras e mudança de modulação são as principais características da obra Serenata, do compositor vienense Franz Schubert. A próposito, de todos os músicos da Escola de Viena do seu tempo como, Mozart, Haydn, Beethoven e Brahms, apenas Schubert era realmente vienense.

Da taberna às alternâncias de expressões

Franz Schubert rasbicou as primeiras notas desta obra na parte de trás de um cardápio, em uma taberna de Viena, quando se divertia com seus amigos. Ele inicia a peça com a expressão de intensidade em piano, que é sustentado em quatro compassos. No compasso seguinte, altera para mezzoforte criando uma atmosfera de vida às notas, como se o instrumento falasse. Ao longo da peça, as expressões alternam entre forte e piano. Entretanto, encerra em um belo rallentando e um pianíssimo. Vale ressaltar que, a técnica do pedal sincopado é executada durante a interpretação de toda a obra. O ponto alto da melodia está na modulação de tons, quando Schubert cria uma exímio diálogo entre as notas. A obra modula para o tom maior, retorna para menor e nos últimos compassos, mais uma vez, modula para o tom maior.

Seu legado

Nascido em um subúrbio de Viena, em 31 de janeiro de 1797, Schubert foi menino-cantor no Coro da Capela Imperial, onde ficou por seis anos. Foi o próprio Antônio Salieri que o admitiu. A função dos pequenos cantores era acompanhar o serviço eclesiástico de domingo e as festividades religiosas. Schubert morreu jovem, aos 31 anos, e deixou cerca de nove sinfonias, além de um legado musical surpreendente, pois aos 18 anos de idade já havia escrito 203 musicas. Wellerson Cassimiro

2 de dez. de 2010

Juiz de Fora - Estação Central


Estação Central - Praça Dr. João Penido - Centro.

As duas faces da moeda



As características primordiais que diferem um aterro sanitário de um lixão

O aterro sanitário é um local projetado para receber e tratar o lixo, com base em estudos de engenharia, para reduzir ao máximo os impactos causados ao meio ambiente. Localizam-se distantes dos centros urbanos, devido ao mal cheiro e a propabilidade de contaminação do solo. Segundo normas técnicas, os aterros sanitários possuem uma vida útil de 20 a 25 anos, prevendo-se ainda o seu monitoramento por alguns anos após o seu fechamento. No entanto, a outra face dessa moeda se revela contraditória. O lixão, um desvio do aterro sanitário, apresenta características como, falta de controle de entrada do volume de resíduos que, ficam expostos ao ambiente, emitindo fortes odores e atrai urubus, moscas e ratos; além da ausência de tratamento do chorume, que pode contaminar o solo e o lençol freático.

Segundo o advogado e secretário institucional da Organização Não-governamental (ONG) Grupo Ecológico Salvaterra, José Rufino de Souza, a cidade de Juiz de Fora produz, diariamente, 440 toneladas de lixo, que são despejadas no aterro sanitário. Volume aproximado, também, era despejado sem nenhum critério no lixão instalado no bairro Salvaterra, em 1999, às margens da Rodovia BR-040, Km 797, na entrada sul da cidade. Ele ressalta que os resíduos devem passar por um processo de reciclagem. “Todo esse volume de lixo é descartado sem qualquer tratamento. Uma reciclagem sistemática dos resíduos secos (papel, plástico e latinhas de alumínio) pode proporciona a redução do volume, resultando no aumento da vida útil dos aterros”, esclarece. Para ele, este processo de seleção, além de reduzir o volume de lixo, “promove a inclusão social através da organização de associações de catadores de papéis, gerando renda para os associados”. E, ainda, revela que o lixão não sairia daquele local, senão fosse por intermédio do Grupo Ecológico Salvaterra através da mobilização popular. “O poder público não tinha qualquer interesse de transferência do lixão, caso não houvesse o trabalho da ONG”, diz.

As Rotas Inteligentes

Em dezembro de 2001, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB) implantou o programa Rotas Inteligentes de coleta de lixo, com o objetivo de separar e reciclar os lixos coletados na cidade, divididas e classificadas em cores, conforme o tipo de material coletado. Contudo, para o secretário institucional da ONG “estas rotas não tinham qualquer validade, pois todos os tipos de resíduos (residênciais e hospitalares) acabavam em um mesmo destino, o lixão do bairro Salvaterra”, que não possuía qualquer estrutura ambiental para o seu funcionamento.

Segundo a assessoria de imprensa do DEMLURB, as rotas inteligentes foram implantadas por Juracy Scheiffer e funcionaram somente nos anos de gestão do prefeito Tarcísio Delgado. Atualmente, as coletas permanecem nos mesmos lugares, no entanto, sem a terminologia de rotas inteligentes.

O que é um Lixão?

O lixão se difere do aterro sanitário, pois apresenta práticas inaceitáveis, como a deposição do lixo diretamente no solo, podendo acarretar enormes prejuízos para o meio ambiente e para a saúde pública. José Rufino afirma que, em um aterro sanitário, à medida em que as camadas de lixo vão se formando, é necessária a construção de drenos internos horizontais e verticais, os quais devem ser interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e chorume, gerados na decomposição do lixo. Ele faz um alerta. “A sociedade precisa, urgente, de uma consciência ambiental e somente através das pressões de ações populares o Poder Público trabalha”, encerra.
Wellerson Cassimiro

1 de dez. de 2010