31 de dez. de 2012

Hino Ano Novo

"Rompe a aurora, vai-se embora mais um ano e outro vem"
Chegamos a outro 31 de dezembro. Ouve-se em diversos lugares a música em alto volume, fogos de artifícios antecipados e reuniões festivas. Alguns pessoas vão rumo ao agito do litoral enquanto outras preferem o ambiente calmo das pequenas cidades, no interior dos Estados. Alguns, ainda, escolhem passar a virada do ano dentro das igrejas, em vigília e adoração. E, quanto à música, as famosas liturgias não ficam a deixar em nada. Dos inúmeros louvores, cânticos e canções, entretanto, destaco aqui apenas uma peça musical, desta vez. Escrita pelo músico norte-americano, Henry Tucker, a obra "Ano Novo", no título original “Joy-Bells", apresenta uma estrutura melódica diversificada e alegre, remetendo a uma explosão de fogos de artifício, logo após a contagem regressiva. Literalmente, sua música anuncia a chegada do novo ano. Composto para o canto congregacional, originalmente em bemol e em allegro, em meados do século XIX, o hino é constituído por três estrofes e um refrão. E, revela um clima festivo já nos primeiros compassos, com alguns acidentes pouco dissonantes. O destaque vai para a linha melódica do refrão, no qual pausas, notas de curta e de breve duração se intercalam de forma ligeira representando, desse modo, o estourar sequenciado dos fogos. Tucker fez parte do coro, no naipe dos baixos, da Capela de São João, em Varick Street (EUA), em 1861, e entre os anos de 1850 a 1882, escreveu cerca de 121 canções e uma cantata; a peça “José no Egito”, em 1870. Henry Tucker morreu em 1882, no Brooklyn (EUA). Wellerson Cassimiro

7 de dez. de 2012

Arquiteto Oscar Niemeyer

Morre aos 105 Oscar Niemeyer.
Morreu nesta semana, um dos mais célebres nomes da arquitetura contemporânea brasileira. E, por que não dizer um dos mais renomados arquitetos do mundo!? O brasileiro Oscar Niemeyer faleceu na noite da última quarta-feira (05), aos 104 anos. De estilo ousado e autor de inúmeros projetos de sucesso, como o Complexo arquitetônico do Eixo Monumental, o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional, em Brasília; o Memorial da América Latina, em São Paulo, e Complexo arquitetônico da Pampulha, na capital mineira, Niemeyer completaria 105 anos no próximo dia 15 de dezembro. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo (RJ), e a sua morte foi confirmada às 21h55. Nascido em 1907, no Rio de Janeiro, o arquiteto era filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida. O seu primeiro projeto, “Obra do Berço”, construído no Rio de Janeiro, deu-se aos 30 anos de idade. E, o mais curioso foi que Niemeyer não recebeu dinheiro algum por este projeto. Pelo contrário, ainda teve que pagar por um conserto de parte da obra, que havia sido mal feita, pois não estava presente no momento da construção. Daí em diante, o jovem arquiteto não mais parou de desenhar e, a cada novo traço no papel, surgiam obras-primas quase que vivas. A partir de 2009, Niemeyer passou a ter a companhia da cadeira de rodas. Entretanto, não perdeu a alegria de viver e fazia o que mais lhe agradava: colocar na ponta do lápis seus pensamentos mais surpreendentes e inovadores: construções de sucesso. Wellerson Cassimiro.

Minimalismo Urbano - Por Wellerson Cassimiro

4 de dez. de 2012

O Universo do Coral

Dezembro - mês dos corais
Enfim, outro dezembro. As festas e confraternizações de empresas e turmas de faculdades surgem de todos os lados. A reunião para a incansável festinha do "Amigo - Oculto" é inevitável. Não obstante, as lojas de departamento investem pesado na decoração. Sinos, pinheiros, bonecos gigantes de Papai Noel e música natalina povoam o ambiente, com o intuito de atrair consumidores e clientes em potenciais. Entretanto, outra forte característica dessa época e, que já consagrou-se como uma tradição, são as cantatas de Natal protagonizadas por inúmeras formações corais. Quartetos, quintetos e grandes corais cantam em igrejas, praças, shopping e centros financeiros levando ao público uma mensagem cantada sobre o Natal. É claro que, no repertório, não podem faltar aquelas canções preferidas, como “Noite Feliz”, “Panis Angelicus”, “Oh Holy Night”, “Adeste Fidelis”, “Surgem Anjos Proclamando” e a música “Então é Natal”. A origem do canto coral Segundo os registros da Universidade de São Paulo (USP), o canto coral é o mais antigo entre os gêneros musicais e a sua prática está ligada aos cultos religiosos e às danças sagradas no Egito Antigo e na Mesopotânia. A bem da verdade, o termo Choros nasceu na Grécia antiga e diz respeito aos grupos de cantores e dançarinos que uniam suas vozes para formarem melodias distintas entre si. Contudo, essa terminologia ultrapassou os limites religiosos e, rapidamente, foi inserido nos eventos mais populares. De acordo com os documentos da USP, o Cristianismo, por sua vez, utilizou-se desse estilo musical com a intenção de transmitir mensagens litúrgicas e atrair mais fiéis para a igreja em expansão, depois que o imperador romano Constantino I permitiu a liberdade de culto, ainda, no ano 313. Desse modo, dentro dos templos cristãos surgiram verdadeiras escolas de canto coral. A primeira delas foi fundada pelo papa Silvestre I, no século IV. Atualmente, existem diversas formações corais, como coros independentes, corais étnicos, coros de gêneros, corais profissionais oficiais, corais universitários, coros de igreja, corais de empresas, corais etários, e o coral Meninos Cantores. Este último está ligado a Igreja Católica Romana e, praticamente, extinto. É formado por meninos e homens. Os meninos cantam a melodia do soprano e contralto, que são vozes mais agudas, destinadas às mulheres. Já os homens executam a música destinada aos tenores e baixos, que representam a parte grave da obra. Um coral ou coro é formado por um grupo de cantores, chamados de coralistas, termo derivado da palavra coral, ou coristas, terminologia derivada da palavra coro. Estes cantores são divididos em naipes (conjunto) segundo a tessitura de suas pregas vocais; ou seja, um conjunto de notas que um cantor consegue articular sem esforço. As vozes são divididas do mais grave para o mais agudo. As vozes masculinas são classificadas em Baixo, Barítono, Tenor, Contratenor e Sopranista. Já as vozes femininas estão divididas em Contralto, Mezzo-soprano e Soprano. No entanto, amiúde, para o canto coral utiliza-se apenas quatro naipes de vozes, formados por Baixo, Tenor, Contralto e Soprano. Porém, em algumas formações, podemos encontrar uma subdivisão no naipe do Soprano, resultando em 1º Soprano e 2º Soprano. Disciplina e disciplina E, enganam-se aqueles que pensam que a vida de coralista é fácil. Que é só chegar na frente do público e, simplesmente, cantar. Pelo contrário, o coral significa acima de tudo disciplina. Tanto os coristas quanto cantores de bandas, conjuntos e ministérios de louvor de igrejas precisam adotar uma rotina quase que militar. Além de um vasto estudo de teoria musical, segundo a professora de canto lírico, Cintia Scola, é recomendável que os cantores façam exercícios vocais regularmente em casa e sempre antes de cantar, seja em um ensaio, Karaokê, show ou em uma rodinha de amigos. Para a professora sair de casa com a voz aquecida faz toda a diferença. Ela ressalta, ainda, que alguns cuidados são necessários como, evitar líquidos extremamente gelados e exposição ao ar condicionado. Outra dica é consumir alimentos fibrosos, como a maçã que age limpando boca e faringe. Wellerson Cassimiro

Amém Quíntuplo - Semelhanças e Contrastes

O minimalismo no meio musical sacro
Muito usado para finalizar uma celebração religiosa noturna, os chamados “Améns” são melodias curtas destinadas ao canto congregacional e, fazem parte da cultura de diversas igrejas protestantes históricas. E, os seus estilos são os mais diversos possíveis. Estas peças variam conforme a tonalidade, acidentes e o número de “Amém” cantado em sequência. Os améns mais conhecidos são do compositor e organista Inglês John Stainer: o “Amém Quádruplo” (quatro améns executados), “Amém Tríplice” (três améns) e o “Amém Sétuplo” (execução de sete améns). Um Amém Minimalista: Entretanto, contrapondo ao tradicional objetivo dos “Améns” históricos, o “Amém Quíntuplo”, de minha autoria, possui o estilo minimalista e pode, também, ser executado como um prelúdio, ou seja, não só no final das celebrações religiosas, como antes dela. E, a sua principal característica é a dissonância entre os compassos, aspecto comum às músicas contemporâneas. Wellerson Cassimiro