11 de abr. de 2013

Concerto de piano com Vera Astrachan

Da música de Viena ao estilo Russo: O palco do Teatro Pró-Música, em Juiz de Fora, recebeu na noite de ontem (10), a pianista Vera Astrachan, que abrilhantou a Série de “Clássicos Pró-Música”, este mês. Com exímia técnica e talento de interpretação, Astrachan transitou por diferentes períodos da música e complexas peças. Executou obras de Brahms, como os Intermezzos nº1, 2, 3 e 6, opus 118; a Sonata em Mi Menor de Joseph Haydn; a Sonata nº3, em Lá menor do compositor russo Sergei Prokofiev, e a Sonata em lá Maior, opus 2, de Ludwig van Beethoven. E, no famoso bis, ao final da apresentação, Vera interpretou “A Maré Encheu”, de Heitor Villa-Lobos. Nascida no Rio de Janeiro, Vera estudou piano com Arnaldo Estrella e graduou-se no instrumento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde obteve a medalha de ouro. Aperfeiçoou os seus estudos com grandes nomes, como Hans Graf e Bruno Seidlhofer, em Viena, Ilona Kabos, em Londres; e Joaquin Nin-Culmell, em Berkeley. Wellerson Cassimiro.

10 de abr. de 2013

Alfabetização Visual - Princípios da Semiótica

Nascemos, crescemos, reproduzimos e morrermos; já diz um velho provérbio popular se referindo ao ciclo da vida. Entretanto, antes de um terço dessa evolução, ainda na infância, passamos por diversas experiências que, auxiliam no nosso desenvolvimento. A primeira delas, vivida por uma criança ocorre através da consciência tátil. Em seguida, as descobertas ocorrem através do olfato, paladar, audição e visão. Desse modo, considerando todos estes elementos, Donis A.Dondis apresenta, em livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, um estudo das artes relacionadas à comunicação visual. Em especial, no primeiro capítulo, faz uma análise referente à capacidade de visualização do homem denominado, por Dondis, de alfabetização visual. Todos nós vêem. Contudo, poucos enxergam. O número de questões levantadas pela única pergunta: Quantos de nós vêem?, nos dá a dimensão da complexidade do caráter e do conteúdo da inteligência visual. Assim, creio que, esses questionamentos são extremamente relevantes em dias atuais, nos quais a sociedade é bombardeada – diariamente – por milhões de imagens e textos. Mais imagens do que texto, é claro. Fato comprovado no jornalismo impresso que, abriu espaço para anúncios imagéticos; reduzindo, desse modo, o espaço textual. E, nesta guerra por espaço nas páginas dos períodicos, os vencedores ora, são as fotografias. Ora, são os anúncios; o que exige das pessoas uma leitura mais complexa. Os aspectos que compõem a comunicação visual, tratada por Dondis, mantêm uma relação estreita com o estudo da semiótica (destaco os estudos de Pierce). No campo da fotografia e nas artes plásticas, por exemplo, fazer análises de imagens, esculturas e fotografias (leituras semióticas) é de fundamental importância. Até mesmo para opinar quanto à beleza de um quadro ou de uma estátua faz-se necessário uma minuciosa leitura semiótica, que envolve a cultura individual de cada um. Desse modo, ratifico que as fotografias em sua totalidade conquistaram lugar de prestígio no pódio da comunicação. Tema de muitas discussões no campo jornalístico, em especial no meio acadêmico, o visual predomina, e o verbal passou a ter a função de acréscimo. Segundo BARTHES (1999), o texto casa-se harmoniosamente com a imagem. Todavia, isto mudou radicalmente. As informações imagéticas influenciam muito mais do que as informações verbais. O que antes possuia o mesmo peso. Agora, a balança tende-se a pesar para a ciência fotográfica. Está comprovado. Portanto, o ser humano é muito mais visual. Wellerson Cassimiro.