O capitalismo possui e esconde a sua dupla face. Escritos por monges e eruditos errantes, a Cantata Carmina Burana é uma coleção de 200 poemas encontrados em um pergaminho, no ano de 1803, na biblioteca de um antigo mosteiro, na Baviera Superior. Estes textos já revelavam o cruel sistema sócio-econômico mundial adotado pelos países ocidentais, simbolizado por um elemento da antiguidade: a Roda da Fortuna.
Considerada uma das obras-mestres do século XX, Carmina Burana descreve o capitalismo ora como algo sacro e, ora como monstro usurpador. Ele dá e tira. Emerge na forma de uma roda volúvel que, está em eterno movimento. Relata as bênçãos e as maldições provindas da Fortuna; a imperatriz do mundo. Em seus primeiros versos, os monges escrevem: “Ó Fortuna és como a Lua mutável, sempre aumentas e diminuis; a detestável vida, ora escurece e ora clareia por brincadeira a mente; miséria, poder, ela os funde como gelo”. Ainda que em tempos remotos, estes eruditos pareciam revelar a futura estrutura econômica das sociedades do terceiro milênio.Nestes atuais grupos sociais, o dinheiro é líquido e instável. Ora se ganha. Ora se perde. Por vezes, parece abstrato e invisível. Ao mesmo tempo, que equilibra, se torna irregular. Aqueles que, hoje, exaltam sua felicidade sobre seus capitais, amanhã podem chorar ao ver sua virtude econômica esmorecer, atingida por uma forte mudança no mercado financeiro. O capitalismo se mostra como um grande carrasco, escravizando até mesmo os mais fortes.Nos momentos de bem-aventuranças, a prosperidade reina absoluta. Sorte e virtudes estão sobre a sociedade que, se senta no trono da Fortuna.
E, muitos investimentos são feitos, negócios empresariais são fechados e contratos são assinados. O consumo exacerbado é inevitável. Compram-se grandes casas, os carros populares dão lugar aos luxuosos automóveis e, se testemunha uma corrida veloz aos templos do consumo. Adquire-se um pouco de tudo. Até mesmo, algo que será de irrelevância utilidade. Os produtos importados multiplicam-se nas prateleiras exterminando os produtos nacionais e, as viagens ao exterior tornam-se rotineiras. Contudo, a roda da Fortuna está em movimento. E gira, impiedosamente. Despreparada, a sociedade desce desolada, chorando as chagas deixadas pela Fortuna.Os empréstimos e as dívidas se alastram no meio do empresariado. A fantasia dos longos prazos e crediários ilude os mais fracos. Em casos extremos, as pesadas portas das empresas são fechadas.
Outrora, o trabalho é açoitado, restando ao homem um último sopro de vida do seu seguro desemprego. O consumo excessivo sai de cena e a palavra de ordem é economizar, preocupando-se em comprar somente o básico. Os números registrados pelas modernas máquinas do caixa parecem saltar aos olhos do mais simples ser humano. E, assim, a cruel roda do capitalismo, da Fortuna, da Imperatriz do mundo; continua girando, sem interromper o seu movimento, o seu ciclo vicioso e extasiante, proporcionando sorte e azar. Wellerson Cassimiro
31 de ago. de 2011
28 de ago. de 2011
22 de ago. de 2011
O sucesso Harry Potter na páginas da Impacto World
O que deu para perceber durante os 10 anos da saga foi uma perda da identidade de crianças e adolescentes ao assumirem a imagem do bruxinho. Despreparados e influenciáveis, eles desejavam ter os mesmos amigos de Potter, viverem em um conto de fadas sombrio e, claro, possuirem uma varinha mágica. Ao frequentar áreas de recreação infantil ou escolas, não foi difícil ouvir crianças pronunciando algumas palavras “mágicas” ditas pelo jovem bruxo. E, recorrendo aos estudos de Semiótica de Pierce, crianças e adolescentes desatentos não conseguem visualizar as perigosas mensagens implícitas nestes tipos de filmes. A adolescência é uma importante fase na vida de qualquer ser humano, conhecida como uma etapa de transição.
Segundo Carvalho (2003), o termo adolescência significa crescer, desenvolver, tornar-se jovem. É durante a adolescência que se processam grandes mudanças que irão definir a vida adulta. No trabalho de pós-graduação, “O Adolescente e o Herói Harry Potter: um estudo sobre identidade e formação de leitor”, Clarita Maria Torquato afirma que esta fase transitória é caracterizada por fatores marcantes, como as chamadas crises de identidade, o início da escolha profissional, a constante busca por independência, pelo ingresso na vida sexual, pelos comuns conflitos familiares e de caráter emocional. Desse modo, influenciados, estes jovens são presas fáceis às ideologias religiosas ocultas. Wellerson Cassimiro
16 de ago. de 2011
11 de ago. de 2011
A origem da arte hinística

Em seu artigo, “A Música na Liturgia de Calvino em Genebra”, Jouberto Heringer da Silva afirma que a música sempre fez parte do culto ao Senhor e que o uso de Salmos foi estabelecido por Davi. Heringer ressalta, ainda, que os serviços litúrgicos começavam com a chegada da Arca da Aliança ao tabernacúlo (I Cr. 16.4) e, segundo ele, o livro de Salmos é o hinário mais antigo que se conhece.
A ideia de se cantar em coro surgiu antes mesmo da Reforma Protestante. Sabe-se que a arte da música era dominada por um grupo seleto de pessoas, em geral ligadas ao alto clero e, não por toda a igreja; formada em sua maioria por camponeses. Pessoas humildes renegadas a qualquer tipo de instrução referente à educação. No entanto, Martinho Lutero e João Calvino, agentes precursores da Reforma, entenderam que toda a congregação deveria participar do louvor e culto a Deus. Na obra “Institutas da Religião Cristã”, livro introdutório sobre a fé protestante, de 1536, Calvino afirmou que é “uma coisa mais conveniente para a edificação de uma igreja cantar alguns salmos, na forma de orações públicas”. E no prefácio do mais novo hinário, edição de 1542, Calvino escreve: “Nós sabemos por experiência que o canto tem grande força e vigor para mover e inflamar os corações dos homens, a fim de invocar e louvar a Deus com um mais veemente e ardente zelo.” Em outra definição, o canto que ocorre em toda a música religiosa; seja este à capella ou com acompanhamento instrumental contribui, relevantemente, para a vida espiritual da igreja. E por isso, a devida preocupação com o canto da comunidade.
Assim, criou-se um livro de música de forma facilmente acessível ao povo - o Saltério de Genebra - que fugiu dos verbetes do latim e das complexas melodias polifônicas. Os textos dos hinos foram escritos e, outros traduzidos, para o idioma local por muitos poetas da época. Além das melodias compostas, especificamente, para associar a um Salmo específico, elas foram escritas exclusivamente para o uso no Saltério, ao passo que várias músicas de hinos foram inspiradas no repertório nacionalista, folcórico ou popular.
À sombra do Saltério, surgiram diversos hinários como, “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, “Cantor Cristão”, “Hinos e Cânticos”, “Harpa Cristã”, “Aleluia” e o hinário “Seja Louvado”. E, cinco séculos depois de sua criação, algumas músicas do Saltério ainda sobrevivem e, são amplamente, cantadas. É o caso do hino “Não há Condenação”, incluido no Hinário Novo Cântico (Nº98). Em resumo, cada hino e hinário possuem sua história e peculiaridade. E todos eles trazem ricas e edificantes mensagens de Deus para nós, além de muita adoração. Wellerson Cassimiro
7 de ago. de 2011
Recitais em Lourdes
6 de ago. de 2011
Por entre Bach e Zequinha de Abreu

Em meio às tradicionais obras clássicas e românticas, portando instrumentos eruditos, os jovens brasileiros animou os europeus com peças de Zequinha de Abreu, com seu famoso choro “Tico-tico no Fubá”, e gêneros musicais mais populares como, o frevo e o samba de roda.
O festival tem o objetivo de apresentar a mistura de sons e ritmos de todo o mundo. Unir a música erudita europeia às infinitas composições contemporâneas e artísticas como, o jazz e a música chinesa. O Young Euro Classic segue até o dia 21 de agosto, reunindo diversas orquestras formadas por jovens e adolescentes. Wellerson Cassimiro
4 de ago. de 2011
102º Aniversário de Roberto Burle Marx

Nasceido na cidade de São Paulo, em 4 de agosto de 1909, sua participação na definição da arquitetura moderna brasileira foi fundamental, tendo atuado em diversos projetos de sucesso. Estudou pintura em Berlim, Alemanha, no final dos anos 1920. Foi freqüentador assíduo do “Botanischer Garten Und Botanisches Museum Berlin-dahlem”, o mais antigo jardim botânico alemão, fundado no século XVII.
A veia artística era de família. Marx foi o quarto filho de Cecília Burle, uma exímia pianista e cantora, e de Wilhelm Marx, um homem culto, amante da música erudita e da literatura europeia. O trabalho de Marx se identifica muito com artes de vanguardas, como a arte abstrata e o concretismo. Desenvolveu ainda as atividades de desenhista, pintor, escultor, pesquisador e cantor.
2 de ago. de 2011
Música de Órgão

Wolfgang Kleber fará duas apresentações na quarta-feira (24). O primeiro concerto será às 12h30, e o segundo, às 18h, ambos no Teatro 2 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), situado à Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Já, o holandês Peter Westerbrink fará seu concerto na quinta-feira (1º de setembro), às 19h, no Mosteiro de São Bento, à Rua Dom Gerardo, 68, Centro.
Um hino renascentista

Bourgeois nasceu em Paris por volta de 1510, e muitas de suas composições foram incluidas no Saltério de Genebra, uma coleção de salmos metrificados, o qual ajudou a organizar ao lado de João Calvino. Trabalhou como regente, compositor e professor em Genebra.
Em especial, o hino “Não há Condenação”, sob o título orginal de “Old 134 TH”, ao mesmo tempo que revela uma simplicidade, demonstra uma imensa força melódica, característica marcante da metrificação do século dezesseis. Esta música foi inserida no Hinário Novo Cântico, com o texto de Sarah Poulton Kalley. Wellerson Cassimiro
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