Andamento em larghetto, compasso quaternário, presença constante de quiáteras e mudança de modulação são as principais características da obra Serenata, do compositor vienense Franz Schubert. A próposito, de todos os músicos da Escola de Viena do seu tempo como, Mozart, Haydn, Beethoven e Brahms, apenas Schubert era realmente vienense.
Da taberna às alternâncias de expressões
Franz Schubert rasbicou as primeiras notas desta obra na parte de trás de um cardápio, em uma taberna de Viena, quando se divertia com seus amigos. Ele inicia a peça com a expressão de intensidade em piano, que é sustentado em quatro compassos. No compasso seguinte, altera para mezzoforte criando uma atmosfera de vida às notas, como se o instrumento falasse. Ao longo da peça, as expressões alternam entre forte e piano. Entretanto, encerra em um belo rallentando e um pianíssimo. Vale ressaltar que, a técnica do pedal sincopado é executada durante a interpretação de toda a obra. O ponto alto da melodia está na modulação de tons, quando Schubert cria uma exímio diálogo entre as notas. A obra modula para o tom maior, retorna para menor e nos últimos compassos, mais uma vez, modula para o tom maior.
Seu legado
Nascido em um subúrbio de Viena, em 31 de janeiro de 1797, Schubert foi menino-cantor no Coro da Capela Imperial, onde ficou por seis anos. Foi o próprio Antônio Salieri que o admitiu. A função dos pequenos cantores era acompanhar o serviço eclesiástico de domingo e as festividades religiosas. Schubert morreu jovem, aos 31 anos, e deixou cerca de nove sinfonias, além de um legado musical surpreendente, pois aos 18 anos de idade já havia escrito 203 musicas. Wellerson Cassimiro
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