A Juiz de Fora de 1889
Baseada em jornais e períodicos regionais do início do século XX como, o Gazeta da Tarde, Correio de Minas, O Pharol e o Diário Mercantil, a pesquisa desenvolvida pelo professor de História Econômica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Anderson Pires, e que culminou no livro “Café, Finanças e Indústria; Juiz de Fora 1889 – 1930”, revela a transição escravista-capitalista na região da Zona da Mata mineira, além de tentar explicar as condições que não estariam vinculadas diretamente à produção cafeeira da Mata, no processo de diversificação urbano-industrial.
Segundo Pires, a economia agroexportadora que se desenvolveu na Zona da Mata de Minas Gerais teria se fundamentado, no período de 1889 a 1930, em regime fundiário marcado pelo predomínio de pequena e média propriedades, o que teria limitado a capacidade de capitalização das unidades produtivas locais e dos agentes econômicos com elas identificados. Além de apresentar uma exímia historiografia da atividade econômica juizforana, o livro possui gráficos e tabelas da evolução da produção de café, em médias quinquenais; crescimento da população urbana, número de construções na cidade e dados proporcionais da população urbana frente à população total para alguns municípios da Zona da Mata em 1920. Wellerson Cassimiro
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