Texto de Sarah Poulton Kalley (1873) e música de Charles Avison (1710 – 1770), o hino “Altos Louvores”, contido no Hinário Novo Cântico (HNC) da Igreja Presbiteriana do Brasil, mostra um
Sua tonalidade em bemol a obra revela os dois primeiros versos - de cada estrofe - como uma anunciação, um forte chamado ou uma aclamação. Nestes versos, as notas das vozes do soprano, contralto e tenor permanecem agudas, apenas com a exceção da voz do baixo. Este recurso, usado por Avison, tem a intenção de destacar um trecho da peça para valorizar o conteúdo da mensagem escrita, que está sendo entoada.
Nos versos que se seguem observa-se um suave diálogo entre os compassos, alternando notas, pouco, agudas. Há um contraste imediato estes quatros versos; como se depois da tempestade (do primeiro e segundo verso) viesse a calmaria (do terceiro e quarto verso), separados por uma pausa da semínima no compasso quaternário. Tal estrutura ocorre de modo seqüenciado em todas as estrofes.
O último verso de cada estrofe é cantado duas vezes. Cada vez que o verso é repetido, executam notas diferentes, terminando em um primordial “rallentando”.
O hinário não apresenta, nesta peça, as expressões de intensidade cabendo, assim, ao músico a sua auto-interpretação da mensagem, correspondendo corretamente, as expressões como, pianíssimo, mezzoforte e sforzando. O último compasso, de cada estrofe, é formado por uma mínima acompanhada de uma pausa da semínima.
A versão adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil contém quatros estrofes, sendo que a mensagem, das duas primeiras, destina-se para o homem. Surge um convite para que o homem louve seu criador, nas frases: “Altos louvores a quem triunfou” e, “Glória rendemos ao bom Salvador”. No entanto, a mensagem das demais estrofes tem o objetivo de adoração Divina, confessando que Deus é amparo constante e fiel protetor. Wellerson Cassimiro