O oratório “A Criação” é para muitos a mais expressiva obra de Franz Joseph Haydn. Especula-se que ele foi inspirado a escrever esta peça sacra durante suas visitas à Inglaterra entre os anos de 1791 e 1795, quando ele ouviu os oratórios de Handel executados com grande primor. O trabalho de Haydn abrange todos os gêneros musicais de seu tempo. Entretanto, escrito em 1797, “A Criação” teve um merecido destaque na vida do compositor. É a peça com a qual Haydn debruçou-se por mais tempo, algo incomum na história de um dos mais importantes nomes do período clássico. A Criação retrata a formação do mundo, tal como descrito no livro de Gênesis.
A Criação. Um Hino.
Nascido na cidade de Rohrau, Áustria, em 31 de março de 1732, Haydn escreveu inúmeras obras sacras. Destacam-se Missas, Ofertórios, “Te Deum”, “As Sete Palavras de Cristo”, obras corais menores, Motetos, Litanias, árias religiosas e oratórios, como “O Retorno de Tobias”, “As Estações” e “A Criação”, que deu origem ao hino Exaltação, incluído no Hinário Novo Cântico (Nº36). Constituído de duas estrofes e um refrão, o hino Exaltação (no original Creation) revela uma sinceridade religosa das mais emocionantes. Sua estrutura melódica ao mesmo tempo em que apresenta uma dramaticidade instrumental, típica dos poemas sinfônicos dos compositores do romantismo, mostra suavidade em algumas passagens, sem acidentes ou modulações. Contudo, para o canto congregacional sua música merece uma devida atenção.
Franz Joseph Haydn inicou sua carreira musical aos oito anos de idade como cantor e executante de diversos instrumentos. Em seus primeiros estudos foi, fortemente, influenciado pela obra de Carl Philipp Emanuel Bach, segundo filho do virtuose organista barroco Johann Sebastian Bach e, considerado o fundador e precursor do estilo clássico. Haydn faleceu em casa no ano de 1809, aos 77 anos, durante um violento bombardeio, às vésperas da tomada da cidade de Viena pelo exército de Napoleão Bonaparte. Wellerson Cassimiro
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