Com o advento da internet, o crescente número de acesso à rede virtual e a convergência de mídias, o campo da Comunicação Social vem revelando complexas faces. Ser um profissional multifacetado se tornou uma exigência do mercado e não mais um modismo. Neste novo cenário – virtual - o Jornalismo ganhou inúmeras vertentes. Novos desafios emergem diante da notícia. A tradicional e histórica figura do jornalista, assentado, junto a uma máquina de datilografia em uma grande sala de redação desapareceu. Surge a imagem do jornalista nas ruas, conectado - simultâneamente - à televisão, internet e rádio, através de um pequeno dispositivo digital de mão. A tecnologia acabou com as barreiras e com as fronteiras territoriais. A frase do momento é: integração virtual. Em seu artigo “O uso das tecnologias de acesso ao virtual”, o professor e jornalista Paulo Nassar faz uma exímia análise da internet, expondo os desafios na relação jornalismo empresarial e recursos virtuais.
AS EMPRESAS DIANTE DO FACEBOOK E DO TWITTER
Nesta Nova Era de informações virtuais, o velho “jornalzinho” da empresa não desperta mais o interesse do seu público alvo. Para Nassar, as empresas possuem o seu espaço social através da internet, por meio de sites e portais de informações, serviços e vendas, que revelam uma hídrida relação institucional e comercial. Desse modo, os assessores de imprensa e o relações públicas (RP) precisam se adequar ao novo mundo. As empresas estão aderindo, com grande velocidade, aos portais para disseminar as suas ideologias e incentivar o consumo. Algumas delas, por exemplo, realizam o primeiro passo do processo de seleção para a contratação de funcionários pelo meio virtual. A entrega de currículos é feita através do correio eletrônico (e-mail) da empresa. Neste espaço de arrobas, http e ponto com, não basta só informar. É preciso interagir.
O professor adverte quanto a um atento e minucioso planejamento comunicacional, pois a “sociedade ganhou com a internet o poder de responder, utilizando a força das correntes de e-mail's, blogs”, facebooks e o recente e febril twitter. Questionar as atividades de uma organização se tornou mais fácil. E a opinião pública leva tais questões com seriedade. Essa realidade, mais uma vez, só ratifica a mudança radical da velha estrutura da comunicação, onde tinhámos bem definidos a figura do emissor, mensagem e receptor. A sociedade; ora é emissora. Ora, receptora.
Nassar comenta sobre a importância da rede mundial de computadores para os funcionários destas empresas que adotam o virtual como meio de divulgação de suas atividades. Junto com a internet, nasce a chamada intranet, caracterizada por ser uma plataforma virtual restrita, com conteúdos institucionais. Os colaboradores dos diferentes setores da organização podem manter um relacionamento social, está sempre em contato, além de conhecer as diretrizes, missão e visão da empresa.
Vale ressaltar os e-mail's e a newsletter. Para Nassar, eles não devem conter mensagens institucionais digitalizadas enviadas, sem a permissão, dos destinatários. Os e-mail's devem ser, acima de tudo, personalizados, únicos para cada perfil da lista de contatos. Receber inúmeros e-mails frívolos, de publicidade institucional não é nada agradável, criando uma péssima imagem da empresa junto aos clientes. Com o passar do tempo, seus destinatários acabam excluindo os e-mails antes mesmo de abrí-los, ou bloqueiam o contato da empresa.
A COMUNICAÇÃO FACE A FACE
O professor enfatiza que, mesmo com todo esse recurso virtual, uma comunicação face a face é imprescindível e relevante. O comércio através da internet é hoje uma realidade. Grandes lojas de departamento e eletroeletrônicos fazem do virtual um espaço lucrativo, em nome da comodidade e do conforto. Observa-se que as ofertas apresentadas nos sites, nem sempre estão disponivéis nas lojas presenciais, o que seduz o consumidor para a compra online.
Quanto ao layout das informações virtuais, os profissionais responsavéis pela comunicação das empresas devem ter uma preocupação quanto ao design gráfico. A interação é o principal fator nesse relacionamento potencial cliente e empresa. Em resumo, os envolvidos na imagem de uma organização devem se cercar de inúmeras práticas para um planejamento cuidadoso. Uma empresa pode ter a sua imagem facilmente arranhada; o que chamamos de valor intangível, incapaz de ser recuperado dependendo do tamanho do arranhão. Consertar um desgaste imagético é mais difícil e moroso. O relações públicas e assessores devem visualizar o futuro cenário econômico. No entanto, não podem se descuidar do presente, do dia a dia, e ir avaliando as estratégias aplicadas. Wellerson Cassimiro.
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