(Wellerson Cassimiro: órgão Gambitt)
Estruturada em três estrofes sem coro, a obra “Te Deum Laudamus” do compositor William Jackson (1730) é um hino latino atribuído ao bispo de Remesiana, Nicetas, no século IV. E a tradução de seu poema é de responsabilidade de João Gomes da Rocha (1888). A característica marcante dessa obra é a sua métrica irregular, resultando em uma surpreendente diversidade melódica. Os arranjos vocais aparecem logo na primeira estrofe.
Por três compassos consecutivos a melodia permanece sustentada pelos contraltos e sopranos. Enquanto, baixos e tenores executam pausas de quatro tempos. Nos compassos seguintes, o processo se inverte. A melodia é executada pelos baixos e tenores. Agora, as pausas ficam por conta dos contraltos e dos sopranos. O canto nas quatro vozes retorna ao final desta estrofe. Não é exagero dizer que, o pedal de sustentação conhecido como pedal sustain é essencial na interpretação desta obra.
Ao longo da peça surgem as fermatas (notas com tempo definido pelo músico), as expressões de intensidade piano, mezzopiano, forte e mezzoforte, e diversos acidentes. Cerca de 40. Sua interpretação em um órgão de tubos ou órgão eletrônico remete a uma atmosfera medieval e sacro.
Cada uma das três estrofes aborda um tema. A primeira revela versos de louvor e adoração, reconhecendo a grandeza de Deus como, Pai da eternidade, infinito dominador e de imenso amor. A segunda estrofe expõe uma declaração ao Divino. A última estrofe transforma-se em uma oração, a qual expõe petições e agradecimentos. William Jackson encerra a obra com um Amém executado em quatro tempos. Wellerson Cassimiro
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