A popularização do clássico
Violinos, batutas, óperas, compositores clássicos e balés. Não! Não estou descrevendo uma orquestra ou, muito menos, anunciando um concerto. Por mais incrível que possa parecer, o carnaval 2011 se rendeu aos encantos da música erudita.
Na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, um grupo de violinistas, sobre um palanque, executaram a obra "Serenade Eine Kleine Nachtmusik (K.525)", de Wolgang Amadeus Mozart, ao ritmo forte marcado por um bloco carnavalesco. Violinos, pandeiros, surdos e tamborins - uníssonos - davam o tom. Em especial, na terra da garoa, a Unidos do Peruche levou para o sambódromo, do Anhembi, o Teatro Municipal de São Paulo. A escola fez uma homenagem ao teatro, construído sob a inspiração da Ópera de Paris. Nas alas, estavam representadas as óperas de Mozart, as sinfonias de Beethoven e os balés de Tchaikovsky. O carro abre-alas demosntrava o luxo e o glamour que as salas de concertos ostentam. E, não parou por aí.
Outra escola de samba paulistana, também, abordou o mundo dos compositores eruditos. A Vai-vai contou a vida e a obra do maestro João Carlos Martins que, desceu de sua alegoria, foi para a pista e, na frente da bateria da escola, emocionado, simulou reger os ritmistas. Ex-pianista e, agora maestro, João Carlos Martins é considerado um grande especialista e intérprete da música barroca do virtuose organista alemão Johann Sebastian Bach. Contudo, viu-se privado de seu contato com o piano, quando teve um nervo rompido e perdeu o movimento da mão direita em um acidente, em um jogo de futebol, na cidade de Nova Iorque. Passou por várias cirurgias, sem muito êxito. Atualmente, João Carlos Martins só rege orquestras e desenvolve um projeto para resgatar crianças de comunidades carentes, através da música. Wellerson Cassimiro
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