Um breve raio-x da atividade radiofônica
Recurso tecnológico das telecomunicações, o rádio é largamente utilizado para propiciar uma comunicação rápida por intermédio da transcepção de informações previamente codificadas em sinal eletromagnético que se propaga através do espaço. Em tempos atuais, no auge da era digital, a tendência do rádio é a segmentação. Com a enorme quantidade de canais abertos, às vezes para as mesmas localidades, o rádio se especializa: radiojornalismo, esporte, música.
O público, diante das inúmeras opções, executa com facilidade a dialização, que é o movimento contínuo de troca de frequência no rádio. O público escolhe ouvir aquilo que é de seu interesse. Desse modo, o rádio acompanha a tendência dos demais meios de comunicação e busca atender às necessidades de sua audiência procurando corresponder às suas expectativas. Mas, ao mesmo tempo, atende uma necessidade primária, a da subsistência: segmentar para sobreviver. Companheiro de qualquer cidadão, o rádio é o veículo com um maior dinamismo e rapidez.
Segundo o radialista Antônio Figueiredo, o rádio é o único veículo que dá agora a notícia que será publicada no impresso no dia seguinte e que será veiculada na televisão no final do dia. A instantaneidade é a principal ferramenta do rádio. Até a década de 1960, o rádio foi o meio de comunicação de maior prestígio, já que nesta época, era ele o principal meio de informação da população.
Atualmente, o rádio caminha para um novo tempo. As rádios comunitárias já são uma realidade e alargaram o sentido de democratização do veículo, à medida que atendem uma parcela da população que se sentia excluída tanto da possibilidade de obter uma concessão para canal, quanto de ouvir as notícias que realmente lhe interessavam. Por outro lado, as emissoras expandem-se e investem na segmentação para atender às novas necessidades dos ouvintes.
Em termos de tecnologia, o rádio digital é a maior novidade. É um verdadeiro salto de qualidade na transmissão da captação do som, a exemplo do que acontece também com a imagem. Mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, essa nova face do rádio não vem para aumentar o faturamento ou a audiência. Mas, enquanto tendência tecnológica, não há como recuar ou ficar para trás. O rádio tem futuro e vai longe. No entanto, depende de um olhar mais sério dos empresários do setor, de um zelo maior de seus produtores. Wellerson Cassimiro
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