Texto atribuído ao bispo de Remesiana, século IV, o hino “Glorificação à Trindade” (Te Deum Laudamus) é dividido em três partes: louvor, declaração e oração. Sua música foi composta pelo inglês William Jackson (1730-1803). Além de possuir uma métrica irregular e estrutura melódica bastante diversificada, o hino é complexo tanto para quem canta, quanto para quem toca, o que torna o canto congregacional um tanto que delicado. A melodia passeia por graves e agudos em pequenos intervalos. Acidentes e modulações são constantes. É estruturado para as quatro vozes (baixo, tenor, contralto e soprano). Contudo, em alguns compassos surgem uma quinta nota para o canto do contratenor. O cuidado maior é referentes às fermatas, que podem implicar no andamento correto da obra.
Ainda na infância, William Jackson revelou forte predileção pela área musical. Recebeu as primeiras aulas do organista da Catedral de Exeter, Reino Unido, com quem permaneceu cerca de dois anos. Em 1748, William foi para Londres, onde estudou com o organista da King's Capela, John Travers. Ao retornar para Exeter, ele se estabeleceu como professor e compositor.
Em 1755, o músico inglês publicou seu primeiro trabalho como compositor, cerca de 12 canções, que não tiveram êxito. Já sua terceira obra, um conjunto de cânticos para três vozes, precedido de uma invocação, com um acompanhamento, o colocou entre os primeiros compositores de seu tempo. William compôs uma série conjuntos de doze canções, alguns escassos e outros esquecidos. Em 1777, foi nomeado mestre do coro da catedral. E, entre suas obras estão uma Ode a Fantasia, hinos para o serviço litúrgico, canzonetas para duas vozes e sonatas para o cravo. O hino “Glorificação à Trindade” faz parte do hinário “Novo Cântico” (HNC - Nº20), da Igreja Presbiteriana do Brasil. Wellerson Cassimiro
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