Trinta e quatro anos sem Callas
Hoje completam-se 34 anos da morte de um dos maiores nomes do universo erudito. Considerada uma celebridade da ópera, a cantora lírica norte-americana Maria Callas ainda é reconhecida como a maior soprano de todos os tempos. Callas começou a despontar como cantora lírica, em 1948, com uma interpretação surpreendente para a protagonista da ópera Norma, do italiano Vincenzo Bellini.
Sua carreira só alcançou o merecido sucesso, no entanto, em 1949, quando alternou na mesma semana récitas de “I Puritani”, também de Bellini, e “Die Walküre”, de Wagner; deixando a crítica e o público perplexos, pois ambas as obras revelam personagens de densas performances resultando em uma complexa interpretação vocal.
Uma Callas para Una Voce Poco Fa
Destaco, ainda, a sua interpretação calorosa, em Paris (1958), de “Una Voce Poco Fa”, da ária de Rosina, na ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioacchino Rossini. Era incrível a capacidade de Callas em alcançar as notas mais agudas, sustentando-as por um longos períodos e, mantendo uma suavidade vocal aveludada. Esta característica peculiar permitiu à ela assumir personagens desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Ainda, sob a peça “Una Voce Poco Fa”, somente a mezzo-soprano Cecilia Bartoli (1988) conseguiu se aproximar da face interpretativa de Callas.
A cantora de descendência grega nasceu em Nova Iorque, em 02 de dezembro de 1923 e foi a principal representante do chamado Bel Canto; uma tradição vocal, técnica e interpretativa das óperas italianas, a qual originou no fim do século XVII e alcançou seu auge no início do século XIX. Maria Callas morreu em Paris, em 16 de setembro de 1977, de um ataque cardíaco, antes de completar 54 anos. Wellerson Cassimiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário