Os allegros arranjos eternizados pelos corais
Sem sombra de dúvidas, que a obra mais conhecida do alemão Georg Friedrich Handel, compositor barroco, é o oratório “O Messias” (HWV 56), que tem atravessado gerações por causa das várias interpretações da ária coral Hallelujah (Aleluia). Composto em 1741, o oratório narra a vida de Jesus Cristo desde sua anunciação profética, quando um anjo apareceu à Maria; o seu nascimento, sua vida, morte e a sua ascensão ao céu. A obra possui 51 movimentos, sendo a ária Aleluia o seu 42º movimento, na segunda parte da peça.
Seria impossível contabilizar o número de corais, orquestras, bandas e conjuntos musicais que já se lançaram sob os allegros arranjos desta obra. Entre eles, o “Vivace Coral” no 56º aniversário da Igreja Adventista Central de Florianópolis, sob a regência do Maestro Flávio Santos, e o coral da Igreja Presbiteriana de Iguapé (SP). Até mesmo o Ministério de Louvor Diante do Trono, da Igreja Batista da Lagoinha, recorreu aos graves e agudos líricos de ária, na gravação do seu décimo álbum, chamado “Princípe da Paz”.
Seja no órgão, piano, trio de violões, coral ou guitarra. Da mais erudita à mais popular. As muitas interpretações têm proporcionado à obra diversas faces que, com certeza, surpreenderiam seu compositor. E, algumas formações merecem destaque como, o coral norte-americano da Igreja Adventista, na cidade de Filadélfia, em uma apresentação em 2008, na qual executou com perfeição as expressões de intensidade, auxiliada apenas por um órgão e um trompete. O organista John Hong, em uma interpretação solo, na Southern Church NY, em 2009, revelando uma apurada técnica organística. Já em solo brasileiro, destacam-se o coral da Igreja Assembleia de Deus, Ministério do Belém, em comemoração ao 75º aniversário da igreja; o coral da Igreja Presbiteriana Unida de Suzano (SP), que entoou Aleluia acompanhado somente pelo piano, no culto de aniversário dos 34 anos de organização; e um quinteto de violões em apresentação na cidade mineira de Juiz de Fora, em 2009.
Outra ária coral
Outra ária deste oratório que, também, merece o devido valor é a parte coral “Surely he hath borne our griefs and carried our sorrows”, na qual há a dramatização emocionante do martírio de Cristo. O mais curioso é que, atualmente, assistimos às apresentações de “O Messias” com formações imensas, com grandes corais e orquestras com quase 200 músicos ou mais. Entretanto, no ano de sua estreia, Handel enfrentava sérias dificuldades financeiras, o que resultou na utilização de um pequeno grupo de músicos. Cerca de 16 cantores e uma orquestra quase ínfima. Todavia, esse pequeno obstáculo, não tirou o brilho desta fantástica obra vocal, eternizada em sua maioria pelas formações corais. Wellerson Cassimiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário