Pouco lembrado em festivais de música barroca e tão pouco mencionado em livros de música erudita, no entanto, não menos importante e produtivo, Johann Bernhard Bach foi um exímio compositor alemão, e primo de segundo grau do virtuose organista Johann Sebastian Bach. A família Bach é conhecida por ser uma dinastia de talentosos músicos e compositores. Até mesmo, a ovelha negra da família, Wilhelm Friedemann Bach, tem o seu merecido reconhecimento, através das obras “Fantasia para cravo em C menor”, as “Danças alemãs para cravo em sol menor” e a peça “Cravo Suite em Sol menor”.
Bernhard nasceu em Erfurt, a 23 de maio de 1676, e recebeu as primeiras aulas de música de seu pai, Johann Aegidus Bach, violinista, organista e diretor da orquestra da Corte. Em 1695, aos 19 anos, o jovem assumiu o cargo de organista em Erfurt. Não obstante, em 1703, período de transição do barroco para o classicismo, Bernhard substituiu Johann Christoph Friedrich Bach como, organista em Eisenach, e também como cravista na orquestra da Corte. O início do século XVII marca a popularização do pianoforte, mais tarde conhecido como piano, e o desuso do cravo para os acompanhamentos da execução do baixo contínuo.
Quanto às suas composições, infelizmente, boa parte se perderam. Contudo, de suas peças mais célebres, sobreviveram as quatro suites orquestrais, que revelam todo o potencial de composição do primo do “Pai da Música”. Desta obra, destaco a surpreendente Suite nº2, que se apresenta menos densa e de leves contrastes, além de revelar uma espécie de afastamento da tradicional arte barroca do claro e o do escuro. Wellerson Cassimiro.
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