14 de nov. de 2008

Violência como produto



Observa-se que a violência é algo muito presente em dias atuais, sendo a juventude vítima e cúmplice das crueldades desse ato. Cada vez mais, jovens estão ingressando, em grupos ou isolados, em brigas, assaltos, tráfico de entorpecentes, além de posse ilegal de armas. Ser violento é ter poder. Quase que um status social.
As grandes metrópoles brasileiras assistem a um crescente número de atos cruéis, sem motivos claros, praticados por jovens. Tudo é sinônimo para furtar e assassinar. É preciso ressaltar que a violência não é exclusividade dos jovens das periferias. Engana-se quem assume a teoria de que os maiores causadores de violência são adolescentes, moradores das chamadas favelas. Muitos jovens de classe média e alta, primogênitos de médicos e magistrados, também praticam tais atos insanos, como o caso dos jovens da cidade de Brasília, que atearam fogo em um índio, enquanto esse dormia em um banco. Por outro lado, a mídia bate palmas para tantos atos de violência. Ocorre uma espetacularização da criminalidade nacional, como no recente seqüestro de Eloá e Nayara. Houve exacerbada apresentação do fato transformando-o em uma atração circense.
Na atualidade, a violência ganha as manchetes dos principais impressos, além de cobertura em tempo real dos fatos, através da Tv e da Internet. A busca pela audiência associada ao desejo de ver das pessoas, faz com que alguns profissionais dos meios de comunicação adotem o sensacionalismo como modelo de trabalho. Outros ainda, assumem o papel de juristas, julgando e condenando previamente. A violência tornou-se um produto. É vendida ao público. E, a massa compra tal gênero. Observa-se uma inversão de valores, tornando a vida humana abstrata e confusa.

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