1 de dez. de 2009

A mídia e o papel da mulher • Part.2

A imagem feminina ideal construída pelas grandes mídias Part.II

(...) Essa deturpação da identidade feminina teve seu apogeu midiáticos, creio eu, com a personagem Tiazinha, em um programa de auditório destinado aos jovens. Tal personagem tinha o objetivo subliminar de despertar e estimular a sexualidade de jovens homens que, adestrados corretamente, seriam ou, talvez, já sejam supressores da voz feminina e consumidores do sexo oposto. Sim, consumidores.

Talvez, esse termo seja exageradamente forte. No entanto, tem sido esse o papel da mulher, preconizado pelos grandes meios de comunicação de entretenimento; a mulher como um produto. A partir dessa figura distorcida do feminino, a mídia só explorou cada vez mais a figura da mulher como, um ser sexual que desperta os desejos mais profanos e a considera como, um ser desprovido de raciocínio lógico. Tanto é que, as mulheres ainda registram salários mais baixos em relação aos homens, ocupando os mesmos cargos.

O surpreendente é que, várias mulheres aderem ao fanatismo da mídia e, querem entrar para um padrão de mulher ideal construído pela indústria do consumo. Desse modo, deu-se largada a uma corrida às clínicas de estéticas. Botox e silicones tornaram produtos de primeira necessidade e de cobiça, até mesmo, das classes C e D.

A sociedade obriga a mulher a encarnar uma tipificação social deturpada, caso queira interagir com os vários grupos sociais. Daí, as alterações no corpo. Atualmente, o que se presencia é a perda do valor humano das mulheres, reduzido a mero fantoche nas mãos do empresariado da indústria cultural crescente. A cada dia cria-se um novo rótulo feminino, disseminado pelo cinema, pelas novelas, músicas e revistas de comportamento, tudo fomentado pela massa conformadamente adestrada.
Wellerson Cassimiro

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