16 de set. de 2011

O Bel Canto de Maria Callas

Trinta e quatro anos sem Callas

Hoje completam-se 34 anos da morte de um dos maiores nomes do universo erudito. Considerada uma celebridade da ópera, a cantora lírica norte-americana Maria Callas ainda é reconhecida como a maior soprano de todos os tempos. Callas começou a despontar como cantora lírica, em 1948, com uma interpretação surpreendente para a protagonista da ópera Norma, do italiano Vincenzo Bellini.

Sua carreira só alcançou o merecido sucesso, no entanto, em 1949, quando alternou na mesma semana récitas de “I Puritani”, também de Bellini, e “Die Walküre”, de Wagner; deixando a crítica e o público perplexos, pois ambas as obras revelam personagens de densas performances resultando em uma complexa interpretação vocal.

Uma Callas para Una Voce Poco Fa

Destaco, ainda, a sua interpretação calorosa, em Paris (1958), de “Una Voce Poco Fa”, da ária de Rosina, na ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioacchino Rossini. Era incrível a capacidade de Callas em alcançar as notas mais agudas, sustentando-as por um longos períodos e, mantendo uma suavidade vocal aveludada. Esta característica peculiar permitiu à ela assumir personagens desde o alcance do mezzo-soprano até o do soprano coloratura. Ainda, sob a peça “Una Voce Poco Fa”, somente a mezzo-soprano Cecilia Bartoli (1988) conseguiu se aproximar da face interpretativa de Callas.

A cantora de descendência grega nasceu em Nova Iorque, em 02 de dezembro de 1923 e foi a principal representante do chamado Bel Canto; uma tradição vocal, técnica e interpretativa das óperas italianas, a qual originou no fim do século XVII e alcançou seu auge no início do século XIX. Maria Callas morreu em Paris, em 16 de setembro de 1977, de um ataque cardíaco, antes de completar 54 anos. Wellerson Cassimiro

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