30 de abr. de 2011

Uma abadia para Henry Purcell

Na última sexta-feira (29), a Abadia de Westminster, em Londres, se tornou o centro das atenções do mundo, por ser o cenário escolhido para a cerimônia do casamento real do Princípe William e Kate Middleton. No entanto, a histórica catedral, construída em estilo gótico, já foi palco para outros inúmeros eventos reais, políticos, coleciona fatos curiosos e, claro, abrigou um dos maiores dos nomes da música erudita mundial e inlgesa. Próximo ao órgão de tubos do templo, está enterrado os compositores barrocos John Blow e Henry Purcell.

Assim como o organista Johann Sebastian Bach, Purcell nasceu no seio de uma família de músicos, no ano de 1659. Seu pai foi cantor e professor da Abadia de Westminster, e seu tio foi músico da corte do rei Carlos II. Ainda muito novo, Purcell ingressou no coro da Capela Real, onde começou a estudar composição. Em 1676, sucedendo o compositor John Blow, tornou-se um dos organistas de Westminster, e dedicou-se quase que totalmente à composição de música sacra.

Suas obras “Dido e Enéias”, o “Hino a Santa Cecília” e o hino “Save me o God” fazem dele não só maior músico inglês, mas também um dos gênios mais autênticos da história musical, comparado ao austríaco Wolgang Amadeus Mozart. É autor, ainda, de uma extensa obra religiosa, coros, hinos, óperas e músicas de acompanhamento para peças teatrais. Atualmente, alguns hinários das igrejas protestantes registram suas composições. Henry Purcell foi sepultado, a 26 de novembro, junto ao órgão da Abadia de Westminster, e durante a cerimônia fúnebre tocou-se o hino, que compusera para as exéquias da rainha Mary. Wellerson Cassimiro

28 de abr. de 2011

Impacto World comemora seis anos

Pulseiras do equilíbrio, tecno culto e pluralismo religioso são alguns dos temas tratados na Revista Impacto World, edição comemorativa de 6 anos, lançada no último dia 20, na Primeira Igreja Presbiteriana de Juiz de Fora.

Sob a temática "desafiando limites, derrubando muralhas",e através de uma linguagem imparcial, sob a direção do jornalista Gabriel Nascimento, a Impacto World aborda os mais polêmicos assuntos que perturbam e incomodam as mentes de jovens e adolescentes. E, um dos assuntos que me chamou a atenção foi a matéria Tecno-cristão, revelando o acelerado ingresso da tecnologia nos templos brasileiros e, claro, nas igrejas juizforanas, anunciando a extinção dos incansáveis retrô projetores. O periódico pode ser adquirido, gratuitamente, em algumas livrarias evangélicas no centro da cidade. Wellerson Cassimiro

Juiz de Fora


Bairro Cerâmica e Bairro Esplanada

27 de abr. de 2011

Especial - Crônica

EM CADA PARADA, DESCEM UNS. SOBEM OUTROS

Oito horas da manhã e densas nuvens pairam no céu. Por entre um grupo de senhoras, surge Samuel de Sá, mais um trabalhador brasileiro. Caminha apressado para o ponto de ônibus. Há 12 anos, percorre o mesmo trecho. Diariamente, transporta em suas mãos as notícias de parentes distantes para outros, simples cartas e até mesmo as infindáveis contas. Samuel é carteiro e conhece cada canto da cidade da Zona da Mata que, um dia, se firmou como a Manchester Mineira. E em cada parada; desce um. Sobem dois.

Sob o ritmo incessante e, por vezes, irregular do grande veículo, pela janela, ele vê a cidade passar. E quantos contrastes. Prédios, casas, lojas, tudo muda tão rápido. Assim como o tempo frio, o clima dentro do ônibus, por momentos, parece hóstil. O alumínio se mistura e se confunde com o ferro maciço que sustenta o coletivo. O barulho do motor é estridente. Conversar ali, quase uma missão impossível. E pelo vidro, um pouco embasado, o jovem carteiro, calado, fixa seus olhos no distante horizonte. E, em cada parada, descem dois. Sobem três.

Pelas estreitas ruas pavimentadas, o ônibus segue rumo ao seu destino. Casas. Prédios. Mercados e padarias. O movimento de transeuntes nas calçadas de cimento grosso aos poucos vai aumentando. Em meio àquele clima gélido, uma voz ecoa sem cessar. Todos que passam pela roleta, agora com ares de modernidade devido à bilhetagem eletrônica, recebem um cumprimento do antigo e, talvez extinto, cobrador. Sim, extinto; pois, hoje um cartão magnético. Amanhã... deixa pra lá. E, sem se preocupar com este amanhã, o cobrador espalha sua simpatia. Confessou que já teve outras profissões. Foi vendedor ambulante, ou camelô, como alguns perferem chamar. E, em cada parada, descem três. Sobem quatro.

Samuel, o de Sá, trabalhador brasileiro, segue calado, enquanto o cobrador não pára. Quanta animação! Dizem por aí, segundo os mitos da ciência popular, que mulher fala muito. Esse cobrador fala dobrado. E, do outro lado do vidro, as casas, algumas delas sem pintura, vão saindo de cena. Vão surgindo prédios cada vez mais altos. As ruas que estavam estreitas, vão se alargando. De repente, se transformam em duas pistas. Opa! Equívoco meu. Na verdade, são seis pistas. Uma multidão de carros, ônibus, motos, bicicletas e até uma... carroça!? Pois é, um carroça. Em meio aquele frenesi de automovéis, o carroceiro conduz tranquilo, como se os ponteiros do tempo estivessem parados. E novamente, em cada parada, descem quatro. Sobem cinco.

As calçadas que há dois minutos apresentavam-se sob o cimento cru e com buracos, agora se mostram, majestosamente, sob as pedras portuguesas que dominam todos os passeios da região comercial. Samuel olha, ainda, calado. Engraçado! O senhor simpatia da roleta, também se cala. Agora – sério - confere o dinheiro e em silêncio ajuda uma senhora com uma bolsa a transpor a barreira eletrônica. Samuel desce e, como num passe de mágica, some no meio da onda humana que, cotidianamente, invade as ruas centrais. E o veículo contínua a sua viagem. Pois, em cada parada, descem cinco. Sobem seis.

Prédios, casas, prédios, lojas, prédios... e, novamente, prédios. A selva de concretos e altos arranha-céus parece não acabar. Ali, todos moram uns sobre os outros. Colados uns ao lado dos outros. Mas poucos se conhecem. Mal se cumprimentam dentro de uma caixa metálica que sobe e desce. Talvez, queiram ficar próximos dos lugares onde tudo acontece. Verdade. Antagonismo urbano. Fazer o quê? As pessoas já se acostumaram com esse filme que se repete de quatro em quatro anos. Creio que se acomodaram. Mudar pra quê? É mais fácil assim. Bem mais fácil. Última parada, descem seis. Não sobe ninguém. Wellerson Cassimiro

24 de abr. de 2011

Um hino para o domingo de Páscoa

A ressurreição traduzida em notas musicais

Ideal para a formação coral, acredito que uma das obras musicais que melhor retrata a ascensão de Jesus Cristo aos céus, e que combina com esse domingo de Páscoa é o hino do compositor norte-americano Robert Lowry (1874), “Christ Arose” (Morto e Ressurreto). Assim como a obra bachiana, “A Paixão Segundo São João (BWV 244)”, também composta para a celebração dessa data, o hino de Lowry é baseado nos capítulos 18 e 19 do Evangelho de João, e é o exemplo perfeito da exímia união da mensagem musical à mensagem textual.

A melodia de “Morto e Ressurreto” revela um forte contraste. Cada estrofe que conta a morte de Jesus é executada em registro grave, em adágio, resultando em um clima fúnebre, semelhante às composições alemãs para Réquiem. O refrão, entretanto, é executado em um ritmo crescente, em allegro, resultando em um clima festivo. Essa passagem dos registros graves para os registros agudos simboliza a ressurreição, a mudança de estado , da morte para a vida.

Quanto à interpretação, para enfatizar essa transformação do clima sombrio para uma atmosfera de alegria, pode-se transferir as notas graves (iniciais do coro) para a pedaleira, quando interpretada ao órgão. A execução do compasso começa na pedaleira e termina nos manuais superiores do instrumento. Ao piano, contudo, a recomendação é executar as notas de ambas as mãos abaixo da nota Dó Central, separando as mãos ao final do compasso. Wellerson Cassimiro.

20 de abr. de 2011

Juiz de Fora - Parque Halfeld


Parque Halfeld - Região Central de Juiz de Fora

19 de abr. de 2011

Quando a igreja incomoda

Com a chegada da Semana Santa, muitas igrejas – católicas e protestantes – iniciam os preparativos para a celebração dessa data tão significativa para os cristãos. Missas, procissões e cultos não podem faltar na programação religiosa. No entanto, nem tudo é movido pela fé. Recentemente, um morador da cidade de Santos Dumont, na Zona da Mata mineira, acionou a justiça por causa do toque do sino de uma igreja católica e devido aos cânticos de louvor de um templo Metodista. O cidadão alega que os sons perturbam os finais de semana das residências vizinhas. Culturalmente, símbolos da igreja, o badalar dos sinos chamam os fiéis para as celebrações da Semana Santa, que desta vez, foram silenciados pela intimação judicial. Quanto à Igreja Metodista, que também recebeu a intimação, os ensaios do Ministério de Música, aos sábados, estão suspensos.

Caso semelhante, ocorreu na cidade de Brasília. Em matéria publicada no portal O Globo, em 31 de maio de 2010, a Igreja São Pedro de Alcântara, situada à Quadra 7, foi proibida de tocar os sinos depois que um morador reclamou do ruído. Entretanto, segundo o site do jornal Extra, em matéria publicada no último dia 03, o Tribunal de Justiça decidiu que a Paróquia São Pedro de Alcântara, pode badalar seus sinos à vontade. Os desembargadores reconheceram os ajustes da paróquia para não ultrapassar os 50 decibéis considerados normais pela Organização Mundial de Saúde.

A Lei do Silêncio

Segundo a Lei do Silêncio alterada e aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 03 de novembro de 2009, o limite máximo de ruídos permitidos no período diurno é 40, 45, 50, 55, 60, 65 ou 70Db, conforme a área. Para o período noturno os ruídos devem atingir o máximo de 55Db, conforme a área. Quanto ao horário estabelecido para o período noturno, o silêncio deve ser promovido entre às 22h e 7h. Tanto os sons produzidos pelos sinos da Igreja Católica, quanto os ensaios da banda da Igreja Metodista eram emitidos antes das 22h. O que impressiona é que se a origem do som fosse de uma roda de pagode, de um baile funk ou das bizarras festinhas de rua, com certeza esse cidadão de Santos Dumont não ficaria tão incomodado. Wellerson Cassimiro.

E o inverno se aproxima

Filme 127 horas

Superação. Esta é a palavra-chave do filme “127 horas”, dirigido por Danny Boyle, o mesmo diretor de “Quem Quer Ser Um Milionário”. O longa-metragem narra a surpreende história real do alpinista norte-americano Aron Ralston Lee, que sofreu uma queda em um desfiladeiro no deserto de Utah, nos Estados Unidos.

Durante cinco dias, Ralston ficou com o braço direito preso, pressionado sob uma grande pedra, no Bluejohn Canyon. Isolado, ele começa a fazer uma retrospectiva da sua vida, relembrando amigos, família e duas caminhantes que conheceu nessa viagem, antes do acidente. Para sobreviver, o montanhista amputou seu braço com uma faca que levava na mochila, reuniu o que restava de suas forças e correu em busca de ajuda. Para sair da fenda, escalou um paredão com 200 metros e caminhou mais de 12 km antes de avistar o primeiro grupo de montanhistas, depois de 127 horas. O incidente com Aron está documentado na autobiografia “Between a Rock and a Hard Place”, lançado em 2004. Entretanto, apesar da bela história de superação física, emocional e a luta pela vida, o filme está despertando discussões.

Em entrevista ao jornal "Daily Telegraph", o chefe do setor de urgência e emergência do hospital St. Vincent, em Sidney, Austrália, Gordian Fulde afirmou que a cena em que Aron Ralston, interpretado pelo ator estadunidense James Franco, mutila seu braço não é indicado para algumas pessoas devido ao realismo. Segundo Fulde as imagens podem provocar queda de pressão, perda de oxigênio e sangue no cérebro, e posterior colapso em todo o sistema nervoso. Durante a semana de estreia do longa, o hospital australiano atendeu três pessoas que sofreram desmaios, vômitos e até um ataque epilético dentro do cinema.

Contudo, mesmo com esses casos pontuais e uma pequena falha técnica no filme, na cena logo após o queda de Aron no desfiladeiro, envolvendo um relógio de pulso, vale a pena conferir a superação do alpinista. Wellerson Cassimiro.

Um madrigal para a Semana Santa

Uma dica para um repertório, realmente, sacro e épico para a celebração dessa Semana Santa é a obra Réquiem em quatro partes (Cantione Antiqua), do compositor renascentista Orlandus Lassus (Orlando di Lasso), considerado hoje o maior representante do estilo polifônico da escola franco-flamenga. Foi um dos músicos mais famosos e influentes na Europa, no final do século XVI. No CD “Music for Holy Week” (Músicas para a Semana Santa), estão reunidas algumas das melhores obras de Orlandus, compostas para o serviço eclesiástico. Em resumo, um verdadeiro madrigal espiritual.

Orlando di Lasso nasceu em Mons, na província de Hainaut, no que hoje é a Bélgica. Orlando coleciona alguns fatos curiosos. Segundo registros históricos, ele teria sido raptado três vezes por causa da beleza singular da sua voz. Quando tinha doze anos deixou os Países Baixos com Ferrante Gonzaga e foi para Mantua, Sicília, e mais tarde Milão (de 1547 a 1549). Enquanto esteve em Milão ele foi apresentado ao madrigalista Spirito l'Hoste da Reggio, uma influência considerável no estilo musical de suas primeiras obras. Na cidade de Nápoles, no início da década de 1550, trabalhou como compositor e cantor. Entre os anos de 1570 e 1580, mesmo com suas diversas viagens à Itália, onde presenciou o nascimento de modernos estilos e tendências, Lasso sempre permaneceu conservador e fiel ao seu estilo, tornando-se mais cada vez mais refinado com o passar do tempo. O compositor renascentista morreu em Munique, Alemanha, no dia 14 de junho de 1594, curiosamente, no mesmo dia em que seu patrão havia dispensado seus serviços por razões financeiras.
Wellerson Cassimiro.

Juiz de Fora - Jardins do Museu Mariano Procópio

18 de abr. de 2011

Dramaticidade ao órgão

Erlkönig

Composta para voz e piano, em 1815, pelo vienense Franz Schubert, a obra Erlkönig começa rápida, executada em oitava para recrear o tema com tom de horror e tresillos de forma repetida. É complexa e exige talento tanto de quem canta, quanto de quem toca. Entretanto, mesmo com essa complexidade, o organista Cameron Carpenter resolveu inovar. As notas correspondentes à clave de Fá são feitas na pedaleira do órgão, aumentando, desse modo, o nível de dificuldade da peça. E, enganam-se aqueles que pensam que a melodia ficou densa por causa dos registros graves do instrumento barroco. Carpenter conseguiu, com exímio talento, retratar o mesmo clima proposto por Schubert ao piano: o cavalgar do cavalo e o desespero de um pai com um filho quase morto em seus braços. Erlkönig termina com uma cadência extremamente dramática. Wellerson Cassimiro.

Juiz de Fora - Bairro São Mateus

14 de abr. de 2011

Memórias - Mais um 14 de abril....

Chegamos a mais um dia 14 de abril, um marco – triste - na história da navegação mundial. Há 99 anos, o transatlântico irlandês, de propriedade da companhia britânica British White Star Line, Titanic, iniciava a sua descida trágica às profundezas águas geladas do Atlântico norte.


Ostentando muito luxo, construído para ser um palácio flutuante, o navio a vapor, media 269, 04 metros de comprimento e media 28,19 metros em seu ponto mais largo. E a altura da quilha ao topo das quatro chaminés media 56 metros. Essas dimensões equivalem a um prédio de 11 andares. Como nenhuma empresa do mundo tinha capacidade suficiente para construir um navio daquele tamanho, vários estaleiros tiveram que se unir para abrigar o casco do imponente navio, que ocupava o espaço de três navios convencionais e por isso recebeu o título de maior transatlântico, de seu tempo.

Seu sistema de propulsão consistia na união de um motor a vapor de quatro cilindros com expansão alternada tripla e uma turbina Parsons de baixa pressão, a mais avançada tecnologia marítima da época. O imenso motor era alimentado por 20 caldeiras e 159 fornalhas. O Titanic consumia entre 620 e 640 toneladas de carvão por dia no mar. A fumaça era expelida através de enormes chaminés, apesar da quarta chaminé ser apenas uma imitação. Por causa de suas dimensões exageradas e sua estrutura constituída de puro aço, o Titanic foi considerado “impossível de afundar”. Entretanto, seu naufrágio foi um surpreendente e inesperado golpe ao orgulho humano, de uma sociedade deslumbrada por suas recentes conquistas, a qual julgava arrogantemente ter dominado por completo a natureza.


No dia 10 de abril, às 12h, o colossal transatlântico deixou o porto de Southampton, no sul da Inglaterra, e navegou rumo a Nova York, Estados Unidos. Entretanto, no quarto dia, um iceberg interrompeu a viagem. Curiosamente, fora de sua rota inicial – cerca de 18 milhas - às 23h45, o Titanic foi atingido pela imensa pedra de gelo a estibordo, que abriu um considerável buraco no casco. Devido ao tamanho, um grande volume de água passou a invadir os compartimentos que eram à prova d'água. Segundo o projetista e construtor dos estaleiros Harland & Wolff, o engenheiro Thomas Andrews, o navio conseguiria flutuar com quatro decks submersos. Contudo, cinco compartimentos foram tomados pelas águas do oceano. E o que todos temiam aconteceu. O “inafundável” monstro de aço começou sua descida ao fundo do mar.


Até os dias atuais, o naufrágio do Titanic permanece como uma das tragédias mais terríveis da história da navegação mundial.

5 de abr. de 2011

Hino Cuidado Divino: atenção às fermatas.

Composta pelo Rev. Walter Stillman Martin, a melodia do hino “Be Not Dismayed” (Cuidado Divino - Deus cuidará de Ti), apresenta uma estrutura melódica simples e sem excessos de ornamentos. Entretanto, a música do coro merece uma devida atenção. As duas fermatas que surgem nos últimos versos podem interferir no andamento da obra, se não respeitado os tempos. A sugestão para uma execução de efeito mais épico é transferir todas notas da mão esquerda, clave de fá, para a pedaleira do órgão.

A origem do hino

Pregador apreciado, frequentemente convidado para conferências, Martin recebeu um convite para pregar em uma igreja na cidade de Lestershire. A sua esposa Civilla, enferma e semi-inválida, e seu filho, ainda menino, estavam com ele na cidade. De repente, piorou consideravelmente o estado de saúde de sua esposa. O Reverendo logo pensou em cancelar seu compromisso. Para ele, não seria prudente deixar sua esposa sozinha com o menino. Quando estava pronto para fazer a ligação para cancelar sua presença no culto, ouviu a voz do filho: “Pai, se é a vontade de Deus que você vá pregar hoje na igreja, Ele não poderá tomar conta da mamãe enquanto você estiver ausente?”

Martin, então, desistiu de fazer a ligação e respondeu ao seu filho afastou: “Sim, Deus é capaz de cuidar dela!” Não obstante, a voz da sua esposa ajuntou-se à do menino: “Deus cuidará de mim.” O Pr. Martin deixou a mulher e o filho aos cuidados de Deus e foi pregar. Naquele noite, houve muitas conversões. Wlater Stillman sentia a mão de Deus abençoando-o poderosamente. Ao chegar em casa, uma surpresa. O seu filho trazia na mão um envelope com uma poesia escrita no dorso com o título "Deus Cuidará de Ti”. "A pergunta que nosso filho fez e a simplicidade de sua fé me inspirou essas estrofes”, explicou sua esposa Civilla. Walter Stillman apanhando o poema sentou-se ao órgão. Em poucos instantes estava composta a melodia desse hino. Dentre os diversos hinários, a melodia do hino "Cuidado Divino" foi adotado no Hinário Novo Cântico (HNC), da Igreja Presbiteriana do Brasil. Wellerson Cassimiro

3 de abr. de 2011

Juiz de Fora - Rua Batista de Oliveira


Rua Batista de Oliveira esquina com Avenida Independência. Centro.