24 de ago. de 2009

CARMINA BURANA • • 2ª PARTE



Situado ao sudoeste da Alemanha, na Bavária superior, a abadia do mosteiro de Benediktbeuern se tornou uma fonte de referência após ser encontrada, em suas dependências, uma coleção de 200 poemas, no ano de 1803; escritos por monges e eruditos errantes, chamados de Goliardos. Estes textos sob o título “Canções de (Benedikt) beuern”, em latim, derivou o nome Carmina Burana.
A História revela que, os Goliardos eram monges e eruditos itinerantes que entoavam cânticos juntos às portas das universidades. Estes monges possuíam vasto conhecimento e escreviam textos satíricos, amorosos e sensuais. Eles criticavam as autoridades eclesiásticas (padres e bispos) e seculares como, reis, duques e príncipes. A estrutura social também era alvo de fortes críticas. Desse modo, esses poemas eram considerados profanos pela Igreja dominante.
O doutor em dialetos, Johann Andreas Schmeller realizou a tradução destes poemas em 1847, transformados em Cantata.
A orquestração desses poemas se deve ao alemão Carl Orff, nascido em Munique a 19 de julho de 1895. Curiosamente, sem plagiar escalas musicais utilizadas na Idade Média, Orff atribuiu à Cantata Carmina Burana arranjos que os remetem a este período, equivocadamente, conhecido como Idade das Trevas. É necessário dar devido destaque ao seu trabalho, pois conseguiu unir o forte marco do piano à percussão, resultando em um perfeito diálogo musical.
Esta obra é muito apreciada por grandes nomes da música como, Seiji Ozawa, maestro da Saito Kinen Orchestra. A melodia mais difundida dessa obra é “O Fortuna” (somente seu primeiro movimento) que, aparece em diversos eventos musicais e produções para o cinema e televisão. Um exemplo desse fascínio pela melodia é o trabalho da Banda Highland, que realizou uma inusitada versão - eletrônica - dessa música, sobre o nome de “The Magic Fortuna”.
Wellerson Cassimiro

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